terça-feira, 30 de setembro de 2014

TUDO PASSA

Chico Xavier - Emmanuel
Todas as coisas, na Terra,
passam...
Os dias de dificuldades,
passarão...
Passarão também
os dias de amargura
e solidão...
As dores e as lágrimas
passarão.
As frustrações
que nos fazem chorar...
um dia passarão.
A saudade do ser querido
que está longe, passará.

Dias de tristeza... 
Dias de felicidade... 
São lições necessárias que,
na Terra, passam,
deixando no espírito imortal
as experiências acumuladas.

Se hoje, para nós,
é um desses dias
repletos de amargura,
paremos um instante.

Elevemos
o pensamento ao Alto,
e busquemos a voz suave
da Mãe amorosa
a nos dizer carinhosamente:
isso também passará...

E guardemos a certeza,
pelas próprias dificuldades
já superadas,
que não há mal
que dure para sempre.

O planeta Terra,
semelhante
a enorme embarcação,
às vezes parece
que vai soçobrar
diante das turbulências
de gigantescas ondas.

Mas isso também passará,
porque Jesus está
no leme dessa Nau,
e segue com o olhar sereno 
de quem guarda a certeza
de que a agitação
faz parte do roteiro
evolutivo da humanidade,
e que um dia também passará...

Ele sabe que a Terra
chegará a porto seguro,
porque essa é a sua destinação.

Assim, 
façamos a nossa parte
o melhor que pudermos,
sem esmorecimento,
e confiemos em Deus, 
aproveitando cada segundo, 
cada minuto que, por certo...
também passarão..."

" Tudo passa..........exceto DEUS!"
Deus é o suficiente!

http://www.mensagemespirita.com.br/

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

O BEM É A META


Surge a Era Nova.
O sol da esperança desbasta as trevas da ignorância.
Pequenos grupos de servidores verdadeiros do Evangelho, no silêncio da renúncia, estão levantando os pilotis sobre os quais será erguida a Era Nova.
Sem alarde, em luta ingente, esses corações convidados constituem segurança para o mundo melhor de amanhã.
Não obstante o vendaval, as ameaças do desequilíbrio e o predomínio aparente das forças da violência, o bem, corno fluido de libertação, penetra todo o organismo terrestre preparando o mundo novo.
Não engrossam as fileiras dos desanimados, nem aplaudem a insensatez dos perversos ou apóiam a estultícia dos vitoriosos da ilusão.
Quem aprendeu a confiar em Jesus põe as suas raízes na verdade. São minoria, não, porém, grupo ao abandono.
Todos os grandes ideais da humanidade surgem em pequeninos núcleos, que se alargam em gerações após gerações.
O Cristianismo restaurado, por sua vez, é a doutrina do amanhã, no enfoque espírita, porque, enquanto a mensagem de Jesus teve de destruir as bases do paganismo para erguer o santuário do amor, o Espiritismo deve apenas erigir, sobre o Cristianismo, o templo luminoso da caridade.
Chamados para este ministério, não duvidam, alegrando-se por ter seus nomes inscritos, como diz o Evangelho, no livro do reino dos céus e serem conhecidos do Senhor.
Nossa Casa tem ação. É hoje reduto festivo, santuário que alberga Espíritos mensageiros da luz, oficina onde se trabalha, escola de educação e hospital de recuperação de vidas.
Com outros Obreiros aqui temos estado, mantendo a chama da verdade acesa - como ocorria com os antigos faróis com a flama ardente, apontando a entrada dos portos e mais tarde dando notícias dos recifes e perigos do mar.
Filhos da alma, nunca desistam de fazer o bem, face ao aparente triunfo do mal em desgoverno, em torno de suas vidas.
Passada a tempestade, a luz volta a fulgir.
A sombra é somente ausência da claridade. Não é real.
Só Deus é Vida; somente o Bem é meta.

domingo, 28 de setembro de 2014

A BORBOLETA E O CAVALINHO

Esta é a história de duas criaturas de Deus que viviam numa floresta distante há muitos anos atrás. 
Eram elas, um cavalinho e uma borboleta.

Na verdade, não tinham praticamente nada em comum, mas em certo momento de suas vidas se aproximaram e criaram um elo. A borboleta era livre, voava por todos os cantos da floresta enfeitando a paisagem. Já o cavalinho, tinha grandes limitações, não era bicho solto que pudesse viver entregue à natureza. 
Nele, certa vez, foi colocado um cabresto por alguém que visitou a floresta e a partir daí sua liberdade foi cerceada. A borboleta, no entanto, embora tivesse a amizade de muitos outros animais e a liberdade de voar por toda a floresta,
Gostava de fazer companhia ao cavalinho, agradava-lhe ficar ao seu lado e não era por pena, era por companheirismo, afeição, dedicação e carinho. Assim, todos os dias, ia visitá-lo e lá chegando levava sempre um coice, depois então um sorriso.

Entre um e outro ela optava por esquecer o coice e guardar dentro do seu coração o sorriso. Sempre o cavalinho insistia com a borboleta que lhe ajudasse a carregar o seu cabresto por causa do seu enorme peso.
Ela, muito carinhosamente, tentava de todas as formas ajudá-lo, mas isso nem sempre era possível por ser ela uma criaturinha tão frágil. Os anos se passaram e numa manhã de verão a borboleta não apareceu para visitar o seu companheiro.
Ele nem percebeu, preocupado que ainda estava em se livrar do cabresto. E vieram outras manhãs e mais outras e milhares de outras, até que chegou o inverno e o cavalinho sentiu-se só e finalmente percebeu a ausência da borboleta.
Resolveu então sair do seu canto e procurar por ela. Caminhou por toda a floresta a observar c ada cantinho onde ela poderia ter se escondido e não a encontrou. Cansado se deitou embaixo de uma árvore.
Logo em seguida um elefante se aproximou e lhe perguntou quem era ele e o que fazia por ali. -Eu sou o cavalinho do cabresto e estou a procura de uma borboleta que sumiu. - Ah, é você então o famoso cavalinho? - Famoso, eu?
- É que eu tive uma grande amiga que me disse que também era sua amiga e falava muito bem de você. Mas afinal, qual borboleta que você está procurando?
- É uma borboleta colorida, alegre, que sobrevoa a floresta todos os dias visitando todos os animais amigos. - Nossa, mas era justamente dela que eu estava falando. Não ficou sabendo? Ela morreu e já faz muito tempo.
- Morreu? Como foi isso? - Dizem que ela conhecia, aqui na floresta, um cavalinho, assim como você e todos os dias quando ela ia visitá-lo, ele dava-lhe um coice.
Ela sempre voltava com marcas horríveis e todos perguntavam a ela quem havia feito aquilo, mas ela jamais contou a ninguém.
Insistíamos muito para saber quem era o autor daquela malvadeza e ela respondia que só ia falar das visitas boas que tinha feito naquela manhã e era aí que ela falava com a maior alegria de você.
Nesse momento o cavalinho já estava derramando muitas lágrimas de tristeza e de arrependimento. - Não chore meu amigo, sei o quanto você deve estar sofrendo.
Ela sempre me disse que você era um grande amigo, mas entenda, foram tantos os coices que ela recebeu desse outro cavalinho, que ela acabou perdendo as asinhas, depois ficou muito doente, triste e sucumbiu e morreu.
- E ela não mandou me chamar nos seus últimos dias? - Não, todos os animais da floresta quiseram lhe avisar, mas ela disse o seguinte:
Não perturbem meu amigo com coisas pequenas, ele tem um grande problema que eu nunca pude ajudá-lo a resolver.
Carrega no seu dorso um cabresto, então será cansativo demais pra ele vir até aqui.

Você pode até aceitar os coices que lhe derem quando eles vierem acompanhados de beijos, mas em algum momento da sua vida, as feridas que eles vão lhe causar, não serão mais possíveis de serem cicatrizadas.
Quanto ao cabresto que você tiver que carregar durante a sua existência, não culpe ninguém por isso, afinal muitas vezes, foi você mesmo que o colocou no seu dorso, OU PERMITIU QUE FOSSE COLOCADO.
“ Espero que você possa aceitar as coisas como elas são... Sem pensar que tudo conspira contra você... Porque parte de nós é entendimento... a outra parte é aprendizado...
Que você possa ter forças para vencer todos os seus medos... Que no final possa alcançar todos os seus objetivos... Que tudo aquilo que você vê e escuta possa lhe trazer conhecimento....
Que essa escola possa ser longa e feliz...pois parte de nós é o que vivemos, a outra parte é o que esperamos...
Que durante a sua vida você possa construir sentimentos verdadeiros....
Que você possa aceitar que só quem soube da sombra, pode saber da luz...”
Para ser feliz não existe poção mágica. É preciso somente que tenha a alma limpa e desprovida de mágoas e rancores.
Quanto mais tempo ficarmos remoendo as dores mais tempo levaremos para cicatrizar as feridas.
Estamos aqui de passagem. Nada trouxemos e nada levaremos. Cada um é livre para cumprir a sua missão...
Agradeço, Senhor, os verdadeiros amigos, mesmo imperfeitos e limitados!
Muitas vezes decepciono-me, esquecida(o) de que sou eu quem erra quando espero deles uma perfeição e um perfeito amor o qual somente Vós possui e mesmo aqueles que Vos amam verdadeiramente, são falhos, porque são humanos.

Agradeço, Senhor, pela sua compaixão, pela sua graça, pela sua bondade, que estão sempre presentes, sustentando-me nos momentos mais difíceis.
Agradeço, Senhor, pela pessoa que sou. 
E QUE MEUS AMIGOS(AS) PERDOEM-ME POR SER IMPERFEITO(A) Que Assim Seja....

sábado, 27 de setembro de 2014

História de Sabedoria - Perdido no Deserto


Um homem estava perdido em um deserto, sem esperanças de lá sair... Mesmo assim, ele se pôs a caminhar...
O calor era insuportável...
E ele estava ficando cansado...
De repente ele viu dois animais:
Um camelo velho
E um jovem cavalo
E pensou:
- Vou montar em um dos dois... certamente, conseguirei sair daqui...
Ele avaliou os dois animais e chegou á conclusão que montaria o cavalo, que, por ser mais jovem, provavelmente seria mais rápido...
E assim o fez...
Ele montou o cavalo e saiu em disparada...
Há certa distância, ele olhou para trás e pensou:
- Pobre camelo velho... Irá morrer nesse deserto...
Assim, ele olhou para frente com confiança e seguiu cavalgando...
O cavalo era mesmo rápido e corria muito, mas,
De certa forma, parecia que ele nunca chegava a lugar algum...
E pior... Ele parecia estar andando em círculos...
Com o tempo, o homem e o cavalo estavam ficando “esgotados”...
O cavalo que era rápido diminuiu seus passos e o homem ficou sem forças...
Mas um milagre aconteceu...
Frente á eles, há cerca de 500 metros, o homem avistou um oásis.
Embora muito fracos o cavalo e o homem foram em direção ao salvador oásis...
Mas, sem forças, o cavalo tombou e ambos caíram...
Estavam tão cansados que nem o homem nem o cavalo conseguiram se levantar...
E lá ficaram, caídos, vendo á distância, o oásis que salvaria suas vidas...
De repente, eles avistaram chegando o velho camelo, com seu andar vagaroso passar...
Lento, porém firme...
Desajeitado, porém consistente...
E lá foi o camelo em direção ao oásis...
O homem viu o camelo chegar e beber a água...
Nesse momento ele pensou:
- Como fui tolo... Fiz a escolha errada... por isso, agora morrerei...
Dessa forma, são os homens: perdidos no deserto da ignorância... Que escolhem pela: aparência, força e facilidade...
O cavalo são as idéias e escravidões mentais que se espalham pelo deserto. 
Essas idéias e seus autores carregam “massas” de desesperados
“perdidos no deserto”, para uma queda eminente, antes do objetivo final...
O camelo é sábio. 
Nunca depende de: força, beleza ou facilidades para se chegar ao oásis... 
Ele está sempre pronto a ajudar os desesperados que estão “perdidos no deserto”, mas, que não dependem destes para chegar onde precisam...
São os camelos: velhos sábios a percorrer o deserto de ilusões...

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

O MILAGRE DO AMOR

Percebendo as árduas lutas por que passam seus irmãos na face da Terra, um Espírito Benfeitor ditou uma mensagem que intitulou O milagre do amor, e diz mais ou menos assim:

Quando a dúvida lhe chegue, maliciosa, indague ao amor qual a conduta a seguir.
Quando a saudade avizinhar-se, tentando macerar-lhe o coração, refugie-se no amor e deixe que as recordações felizes iluminem a noite em que você se encontra.
Quando a aflição aturdir-lhe o íntimo, chame o amor, para que a calma e a confiança predominem nas suas decisões.
Quando a suspeita buscar aninhar-se em seu coração, dirija o pensamento ao amor e a paz dominará as paisagens dos seus sentimentos.
Quando a cólera acercar-se da sua emotividade, recorde-se do amor e suave balada de entendimento se lhe fará ouvida na acústica da alma.
Quando o abandono ameaçar estraçalhar-lhe os sonhos, ferindo-lhe a alma, busque o amor, que lhe dará fortaleza para prosseguir, embora a sós.
Em qualquer situação, dirija-se ao amor.
Só o amor poss
ui o correto entendimento de todas as coisas e fala, em silêncio, a linguagem de todos os idiomas.
O brilho de um olhar...
Um sorriso de esperança...
Um gesto quase imperceptível...
Um movimento rítmico, um aceno...
A presença do ausente...
Um toque...
A música de uma palavra só o amor logra transformar em bênção.
Feito de pequenos nadas, o amor é a força eterna que embala o príncipe no leito dourado e o órfão na palha úmida.
O amor é o único mecanismo que conduz o fraco às tarefas gigantescas...
Que impulsiona o progresso real; que dá dignidade à vida; que impele ao trabalho de reverdecer o pantanal e o deserto...
Que concede alento, quando a morte parece dominar soberana...
O amor é vida, sem o qual esta perderia o sentido e a significação.
Quando se ama, a noite coroa-se de astros e o dia se veste de sorrisos.
O amor colore a palidez do sofrimento e o erradica.
Sem este milagre, que é o amor, não valeria a pena viver.
Em tudo está a presença do amor que provém de Deus e é Deus.
Descubra o amor, e ame.
Ame e felicite-se, colocando na estrada do amor sinais de luz, a fim de que nunca mais haja sombra por onde o amor tenha transitado a derramar claridade.
Por tais razões, Jesus Cristo reuniu toda a Lei e todos os Profetas num só mandamento, cuja estrutura comportamental e finalidade última é o amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
* * *
O amor é de essência divina, e todos nós, do primeiro ao último, temos, no fundo do coração, a centelha desse fogo sagrado.
Portanto, não tenhamos medo de amar.



Redação do Momento Espírita
http://www.mensagemespirita.com.br/

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

A PRIMAVERA


A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.

Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.

Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.

Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.

Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.

Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.

Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.

Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.

Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.

Cecília Meireles

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

É MUITO PESADA!

"Deus, é muito pesada..."
"Por favor deixe-me cortar um pedacinho..."
"Deus, por favor só mais um pedacinho..."
"Eu serei capaz de carregá-la melhor..."
"Deus muito obrigado..."
"Hã?"
"Vamos usá-las como ponte para atravessar..."
"É pequena demais, não posso atravessar..."

Moral da história:

Nada nesta vida é por acaso!
Muitas vezes queremos nos livrar da "cruz" que nos é dá.


Mas para tudo tem um 'para que' e um 'por quê'...
Deus nunca nos manda algo que não possamos suportar...

E se formos abreviar estes caminhos, certamente teremos problemas!

Autor desconhecido
http://www.mensagemespirita.com.br/

terça-feira, 23 de setembro de 2014

FICA PROIBIDO


Fica proibido chorar sem aprender, 
Levantar-se um dia sem saber o que fazer 
Ter medo de suas lembranças. 
Fica proibido não rir dos problemas 
Não lutar pelo que se quer, 
Abandonar tudo por medo, 
Não transformar sonhos em realidade. 
Fica proibido não demonstrar amor 
Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas e mau-humor. 
Fica proibido deixar os amigos 
Não tentar compreender o que viveram juntos 
Chamá-los somente quando necessita deles. 
Fica proibido não ser você mesmo diante das pessoas, 
Fingir que elas não te importam, 
Ser gentil só para que se lembrem de você, 
Esquecer aqueles que gostam de você. 
Fica proibido não fazer as coisas por si mesmo, 
Não crer em Deus e fazer seu destino, 
Ter medo da vida e de seus compromissos, 
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro. 
Fica proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar, 
Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se 
desencontraram, 
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu PRESENTE. 
Fica proibido não tentar compreender as pessoas, 
Pensar que as vidas deles valem mais que a sua, 
Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte. 
Fica proibido não criar sua história, 
Deixar de dar graças a Deus por sua vida, 
Não ter um momento para quem necessita de você, 
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira. 
Fica proibido não buscar a felicidade, 
Não viver sua vida com uma atitude positiva, 
Não pensar que podemos ser melhores, 
Não sentir que sem você este mundo não seria igual. 
Pablo Neruda

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

UM PONTO NEGRO


Conta-se que um professor preparou sua aula estendendo um grande lençol branco numa das paredes da sala.
Na medida em que os alunos iam entrando, tinham sua curiosidade despertada por aquele objeto estranho estendido bem à sua frente.
O professor iniciou a aula perguntando a todos o que viam. O primeiro que se manifestou disse que via um pontinho negro, no que foi seguido pelos demais. Todos conseguiram ver o pontinho negro que fora colocado, de propósito, no centro do lençol branco.
Depois de perguntar a todos se o ponto negro era a única coisa que viam, e ouvir a resposta afirmativa, o professor lançou outra questão:
Vocês não estão vendo todo o resto do lençol? Vocês conseguem somente ver o pequeno ponto preto e não percebem a parte branca, que é muito mais extensa?
Naquele momento os alunos entenderam o propósito da aula: ensinar a ampliar e educar a visão, para perceber melhor o conjunto e não ficar atento somente aos pormenores ou às coisas negativas.
Essa é, na maior parte das vezes, a nossa forma de ver as pessoas e situações que nos rodeiam.
Costumamos dar um peso exagerado às coisas ruins e pouca importância ao que se realiza de bom.
Se um amigo sempre nos trata com cortesia, com afabilidade e atenção e, num determinado momento, nos trata de maneira áspera, pronto. Tudo o que ele fez até então cai por terra. Já nos indignamos e o conceito que tínhamos dele até então, muda totalmente.
É como se nossos olhos só pudessem ver o pequeno ponto negro.
Não levamos em conta a possibilidade de nosso amigo ou amiga estar precisando da nossa ajuda. Não nos damos conta de que talvez esteja com dificuldades e por isso nos tratou de forma diferente.
Temos sido tão exigentes com os outros!
Mas, se somos nós que estamos indispostos, todos têm que suportar nosso mau-humor, nossa falta de cortesia.
Um casal completava seus 60 anos de matrimônio, e uma das netas perguntou à avó: Vózinha, como é que a senhora aguentou o vovô até hoje? Ele é uma pessoa muito difícil de tolerar.
A vovó, com um sorriso de serenidade respondeu à neta:
É simples, minha filha. Eu sempre tive comigo uma balança imaginária. Colocava num dos pratos as coisas ruins que seu avô fazia. No outro prato da balança eu depositava as coisas boas. E o prato sempre pendia para o lado das coisas boas.
Nós também fazemos uso da balança imaginária. Mas, muitas vezes, o peso que atribuímos às coisas ruins é desproporcional e a balança tende a pender mais para esse lado.
Vez que outra é importante que façamos uma aferição na nossa balança, para verificar se ela não está desregulada, pendendo muito para o lado dos equívocos.
Saibamos valorizar as boas ações.
Não façamos como os alunos, que só viam o ponto negro no centro de um enorme lençol branco.
Eduquemos a nossa visão para perceber melhor as coisas boas da vida. Desenvolvamos a nossa capacidade de ver e valorizar tudo o que nos acontece de bom.
* * *
Os benfeitores da Humanidade recomendam que sejamos severos para conosco mesmos e indulgentes para com nosso próximo.
Contrariando tal recomendação, a maior parte das vezes somos indulgentes para conosco e muito severos para com os equívocos alheios.
Vale a pena meditar nos ensinos que nos chegam do Alto. Vale a pena que exercitemos o perdão aos semelhantes. E vale também a pena que sejamos mais exigentes conosco, buscando sempre melhorar nosso comportamento.
Redação do Momento Espírita

domingo, 21 de setembro de 2014

O TEMPO

MÁRIO QUINTANA

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa. 
Quando se vê, já são seis horas! 
Quando de vê, já é sexta-feira! 
Quando se vê, já é natal... 
Quando se vê, já terminou o ano... 
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida. 
Quando se vê passaram 50 anos! 
Agora é tarde demais para ser reprovado... 
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. 
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas... 
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo... 
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo. 
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz. 
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
Mario Quintana

sábado, 20 de setembro de 2014

O TREM DA VIDA


Você já viajou de trem alguma vez?

Numa viagem de trem podemos notar uma grande diversidade de situações, ao longo do percurso.

E a nossa existência terrena bem pode ser comparada a uma dessas viagens, mais ou menos longa.

Primeiro, porque é cheia de embarques e desembarques, alguns acidentes, surpresas agradáveis em alguns embarques e grandes tristezas em algumas partidas.

Quando nascemos, entramos no trem e nos deparamos com algumas pessoas que desejamos que estejam sempre conosco: são nossos pais.

Infelizmente, isso não é verdade; em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos de seu carinho, amizade e companhia insubstituíveis...

Mas isso não impede que durante a viagem outras pessoas especiais embarquem para seguir viagem conosco: são nossos irmãos, amigos, amores.

Algumas pessoas fazem dessa viagem um passeio. Outras encontrarão somente tristezas, e algumas circularão pelo trem, prontas a ajudar a quem precise.

Muitas descem e deixam saudades eternas... Outras passam de uma forma que, quando desocupam seu acento, ninguém percebe.

Curioso é constatar que alguns passageiros, que nos são caros, se acomodam em vagões distantes do nosso, o que não impede, é claro, que durante o percurso nos aproximemos deles e os abracemos, embora jamais possamos seguir juntos, porque haverá alguém ao seu lado ocupando aquele lugar.

Mas isso não importa, pois a viagem é cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas...

O importante, mesmo, é que façamos nossa viagem da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com os demais passageiros, vendo em cada um deles o que têm de melhor.

Devemos lembrar sempre que, em algum momento do trajeto, eles poderão fraquejar e, provavelmente, precisemos entendê-los, porque nós também fraquejaremos muitas vezes e, certamente, haverá alguém que nos entenda e atenda.

A grande diferença, afinal, é que no trem da vida jamais saberemos em qual parada teremos que descer, muito menos em que estação descerão nossos amores, nem mesmo aquele que está sentado ao nosso lado.

É possível que quando tivermos que desembarcar, a saudade venha nos fazer companhia...

Porque não é fácil nos separar dos amigos, nem deixar que os filhos sigam viagem sozinhos. Com certeza será muito triste.

No entanto, em algum lugar há uma estação principal para onde todos seguimos...

E quando chegar a hora do reencontro teremos grande emoção em poder abraçar nossos amores e matar a saudade que nos fez companhia por longo tempo...

Que a nossa breve viagem seja uma grande oportunidade de aprender e ensinar, entender e atender aqueles que viajam ao nosso lado, porque não foi o acaso que os colocou ali.

Que aprendamos a amar e a servir, compreender e perdoar, pois não sabemos quanto tempo ainda nos resta até à estação onde teremos que deixar o trem.

* * *

Se a sua viagem não está acontecendo exatamente como você esperava, dê a ela uma nova direção.

Se é verdade que você não pode mudar de vagão, é possível mudar a situação do seu vagão.

Observe a paisagem maravilhosa com que Deus enfeitou todo o trajeto...

Busque uma maneira de dar utilidade às horas. Preocupe-se com aqueles que seguem viagem ao seu lado...

Deixe de lado as queixas e faça algo para que a sua estrada fique marcada com rastros de luz...

Pense nisso... E, boa viagem!

Redação do Momento Espírita