sábado, 10 de março de 2018

UM DIA ESPECIAL

SANTA TERESA DE CALCUTÁ
Dois irmãos brincavam em frente à sua casa, jogando bolinhas de gude. Júlio, o mais novo, disse ao irmão Ricardo, em certo momento: 
-Meu querido irmão, eu amo muito você e não quero me separar de você! 
Ricardo, sem dar muita importância, falou: 
-O que deu em você, moleque? Que coisa boba é essa de amar? Continue jogando. 
À noite, quando o pai dos garotos chegou em casa, estava exausto e muito mal humorado, pois não havia conseguido fechar um negócio importante. Júlio olhou para o pai e disse:
-Olá, papai. Eu amo muito você e não quero me separar de você! 
No auge do mau humor, Jacó o repreendeu: 
-Júlio, estou cansado e nervoso. Por favor, não fique falando coisas bobas. 
Com aquelas palavras ásperas, o menino ficou magoado e foi chorar num cantinho do quarto, onde a mãe o encontrou mais tarde. Abraçando-o, ouviu dele: 
-Mamãe, eu amo muito você e não quero nunca me separar de você. 
Dona Joana sorriu para o filho e o acalmou: 
-Meu amado filho, ficaremos sempre juntos. 
Quando todos se recolheram para dormir, dona Joana comentou com o marido a estranha atitude do filho, ao que ele respondeu que Júlio estava querendo chamar a atenção. Mas, lá pelas duas horas da manhã, Ricardo acordou com a luz sendo acendida em seu quarto e Júlio olhando-o, mudo. 
-Está louco, Júlio? Apague a luz e me deixe dormir! 
O garoto obedeceu e foi para o quarto dos pais. Acendeu a luz e ficou olhando os dois a dormir, até que o pai acordou e lhe passou um belo sermão. 
-Vá dormir, menino! 
Foram as últimas palavras. Então Júlio, sem dizer nada, apagou a luz, foi para seu quarto e se deitou. Na manhã seguinte, todos se levantaram cedo. Jacó iria trabalhar. Dona Joana levaria os meninos para a escola. Mas Júlio não se levantou. O pai o chamou. Sacudiu. Então percebeu que Júlio estava com os olhos fechados e pálido. Jacó colocou a mão sobre o rosto do filho. Estava gelado. Júlio morrera. Dona Joana se agarrou ao corpo do filho, chorando. Ricardo e Jacó estavam desconsolados. Com os olhos cheios de lágrimas, o pai descobriu em uma das pequenas mãos de Júlio um pedaço de papel. Era um bilhete com a letra do menino: 
"Outra noite, tive um sonho. Um mensageiro de Deus veio falar comigo e me disse que, apesar de amar minha família e ela me amar, teríamos que nos separar. Eu não queria isso, mas o mensageiro explicou que era necessário. Não sei o que vai acontecer, mas estou com muito medo. Gostaria que ficassem claras apenas algumas coisas: Ricardo, não se envergonhe de amar seu irmão. Mamãe, a senhora é a melhor mãe do mundo. Papai, o senhor de tanto trabalhar, se esqueceu de viver. Eu amo todos vocês!"
  * * * 
O melhor dia para amar é hoje, enquanto a oportunidade nos sorri. O amanhã pode nos surpreender distantes da pessoa amada. O melhor momento para demonstrar o amor é agora, antes que passem os minutos e as horas se esgotem, no relógio da nossa vida. Lembremos: o tempo mais bem aproveitado é aquele que dedicamos às elevadas expressões do amor. 
Redação do Momento Espírita, a partir de texto de autoria ignorada. Em 1.11.2013.

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