domingo, 15 de janeiro de 2017

A CORAGEM DA FÉ

Em várias passagens do Evangelho, Jesus salienta a importância da coragem de testemunhar a própria fé. Por exemplo, em determinado ponto da narrativa evangélica, o Cristo afirma que ninguém deve se envergonhar Dele e de Suas palavras. Das exortações do Mestre, extrai-se que não basta crer em algo. O homem deve viver na conformidade de suas crenças. Esposar um ideal é muito pouco. É necessário ser fiel a esse ideal. Em um mundo corrompido, a fidelidade a uma concepção de vida mais pura não costuma ser fácil. Os exemplos que se recebe diariamente são bastante tristes. A Humanidade vive um período de grave crise moral. Sob o nome de liberdade, impera a libertinagem. A título de diversidade de costumes, as criaturas se permitem os mais estranhos desregramentos. Há inúmeros desonestos ocupando elevados cargos e vivendo no luxo. Seres viciosos posam de modelo para a sociedade. Muitos artistas bonitos, mas levianos e desequilibrados, ditam modas e tendências de comportamento. A promiscuidade e a troca constante de namorados ou esposos não mais chocam. Nesse contexto, ser sóbrio, trabalhador, honesto e responsável parece quase exótico. O homem pouco reflexivo pode se sentir tentado a seguir a “onda da modernidade”. Entretanto, é preciso ponderar um pouco. Hábitos que destroem a integridade física e psíquica, o lar e a própria dignidade de quem os adota não podem ser saudáveis. A corrupção dilacera a sociedade. Ela implica o desvio de dinheiro que poderia salvar e melhorar inúmeras vidas. A promiscuidade sexual deixa um rastro de desencanto e doença nas vidas de quem a adota. Perante um Mundo conturbado e violento, o homem precisa refletir a respeito de seus ideais. Quais são os valores que se consideram necessários para uma vida harmoniosa e saudável? Identificados esses valores, impõe-se a fidelidade a eles. O que não vale é viver ao sabor das circunstâncias, como um animal que se guia pelo movimento da manada. A inteligência é um dom precioso demais para ser desperdiçado. Urge lançar um olhar crítico sobre os hábitos da sociedade e meditar sobre eles. Se todos adotarem determinado padrão de comportamento, será possível uma convivência pacífica e proveitosa? Certo naipe de conduta é louvável? Seria agradável ver os próprios filhos ou pais vivendo de forma destrambelhada? Ou ver um ente querido sofrendo as conseqüências da conduta inconseqüente de outrem? O que não é bom e honroso, o que torna infelizes os outros deve ser combatido. Aí surge a necessidade de ser corajoso. Viver de acordo com padrões mundanos é fácil. Difícil é esposar ideais nobres e viver com nobreza. Ser fiel a um Ideal não implica tornar-se conversor compulsório dos semelhantes. A liberdade de consciência é um imperativo da vida em sociedade. Entretanto, respeitar a liberdade dos outros não significa ser conivente com seus equívocos. Para viver em paz é necessário aprender a conviver com o diferente. Mas viver pacificamente não é sinônimo de ser passivo. Em certos momentos, a omissão é um escândalo. Sempre que chamado a dar opinião sobre uma questão ética, é importante ser honesto, embora mantendo a gentileza. Se a opinião não agradar, paciência. Perante condutas que prejudicam inocentes ou o patrimônio público, deve-se atuar na defesa do bem e da ética. Em todo e qualquer caso, agir corretamente, mesmo em prejuízo dos próprios interesses imediatos. Uma vida honrada é o maior e mais corajoso testemunho que um homem pode dar de suas crenças. Pense nisso. 
Redação do Momento Espírita.

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