Catarina de Hueck |
-Ei, loirinha, o que você está fazendo aí?
Era um motorista de táxi.
-Quer que eu a leve para algum lugar?
Ela respondeu:
-Não tenho para onde ir, nem dinheiro para pagar o táxi.
-Diga a verdade, continuou o homem, você estava pensando em pular na água. Nota-se pela sua cara de fome.
Ele a convidou para comer um hambúrguer. Ela desconfiou. Ele insistiu. Era um pai de família e religioso praticante.
Ela foi para a casa dele e passou dois dias com sua família. Depois, ele lhe emprestou dinheiro para pagar a pensão.
Ela voltou a procurar emprego e, no frio da manhã, foi orando:
-Meu Deus, perdoa-me aquele pensamento de desespero ao lado do rio. Ajuda-me a arranjar um emprego.
Naquele momento, um vento forte lhe lançou no rosto um pedaço de papel. Era uma folha de anúncios de jornal, pedindo empregadas domésticas.
Catarina se animou. Era a primeira vez que ela via uma resposta a uma oração em vez de vir do céu, vir do chão, trazida pelo vento, num pedaço sujo de jornal.
Ela pensou:
-Deus é muito estranho mesmo. Manda motoristas de táxi atrás de uma jovem desesperada, fala na voz dos ventos, e responde até pelo jornal.
Mais tarde, se tornou rica, proferindo conferências pela América, contando a sua história.
Em outubro de 1930, ela fundou as Casas da Amizade e, mais tarde, numa ilha que lhe foi doada, no Canadá, o Madonna House, uma obra que ampara criaturas necessitadas.
* * *
Por mais difíceis sejam os problemas, jamais pense em suicídio.
Sempre existe alguém que pode ajudar você.
E quase sempre essa pessoa está muito perto.
Olhe, procure, conte a sua dificuldade.
Seja qual for a provação, entregue-se a Jesus em confiança.
Ele é o caminho.
Aguarde um pouco mais, na fé e o auxílio alcançará você.
Redação do Momento Espírita, com base no artigo Deus e a baronesa, de
Adilton Pugliese, da Revista Internacional de Espiritismo, ed. O clarim, de
outubro de 2000 e no cap. 19 do livro Momentos de renovação, pelo Espírito
Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 02.07.2012.