É sabido que as religiões cristãs reverenciam, com profunda gratidão, a figura ímpar de Maria de Nazaré.
Sua elevação espiritual sempre foi tida como parâmetro maior, por ter recebido de Deus a missão de ser Mãe do Messias.
Intimamente, trazia o compromisso de colaborar para que o Divino se fizesse Homem entre os homens.
Aceitou a tarefa e cumpriu-a de maneira extraordinária.
Quando a dor maior invadiu seu coração, na hora do martírio, exclamou:
-Meu filho! Meu amado filho!
E ouviu a resposta significativa, enquanto Jesus indicava o Apóstolo João:
-Mãe, eis aí teu filho!
Ela compreendeu que era o momento da renúncia maior da sua alma.
Era a lição da família universal colocada em prática pelo filho amado que se fazia substituir pelo amigo querido.
Maria!
Alma santificada pela dor, pelo silêncio, pela renúncia, mas essencialmente pelo amor.
* * *
HUMBERTO DE CAMPOS E CHICO XAVIER |
Os autores espirituais buscam os dados originais nos arquivos fieis do mundo espiritual.
Foi assim que o Espírito Humberto de Campos nos trouxe, através de Chico Xavier, informações mais detalhadas, além das contidas nos Evangelhos.
Atendendo à promessa que fizera ao Mestre, aos pés da cruz, tão logo pôde, o Apóstolo João foi buscar Maria e a levou a Éfeso, onde residia.
Ali, durante o dia, ele saía para cuidar de seus afazeres e da divulgação da Boa Nova, enquanto Maria passou a atender os caminhantes necessitados.
Com o passar do tempo, aquela casa se tornou um ponto de referência para quem quisesse ouvir falar a respeito de Jesus.
O Apóstolo Lucas, por orientação de Paulo de Tarso, foi até Éfeso.
Seu objetivo era entrevistar a Mãe de Jesus, a fim de poder escrever a biografia do Mestre, segundo as suas lembranças.
Idosos, doentes, mães infortunadas a buscavam para serem por ela abençoados.
Sentia-se um pouco mãe daquelas criaturas sofridas, e lhes falava de Jesus e de Seus ensinamentos como uma mãe fala aos seus amores.
Acalmava os corações sofridos com palavras amigas, onde se destacava um quase refrão:
-Isso também passa.
Certa feita, um doente, sentindo alívio em suas chagas, ao beijar-lhe as mãos, murmurou:
-Senhora, sois a Mãe de nosso Mestre e a nossa Mãe Santíssima.
Desde então, a sua casa passou a ser conhecida como a casa da Mãe Santíssima.
Um dia, em que a saudade do filho era muito grande, ela atendeu a um peregrino.
Com mais intenso sentimento, ela falou daquele Jesus, que se fora da Terra, há alguns anos. E disse da sua imensa saudade.
Então, o peregrino retirou o capuz, e com a voz que ela conhecia muito bem, disse:
-Minha mãe!
Ela se emocionou.
O coração começou a bater mais forte.
E ele completou:
-Vim te buscar porque meu Pai quer que sejas, no meu reino, a rainha dos anjos!
Naquela noite, João, retornando das atividades, lhe assistiu aos últimos momentos.
Ela partiu, mansamente.
E como uma estrela, de intenso brilho, adentrou a Espiritualidade.
Redação do Momento Espírita, com base nos caps. 2 e 30,
do livroBoa Nova, pelo Espírito Humberto de Campos,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
Em 17.11.2018.
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