JOANNA DE ÂNGELIS E DIVALDO PEREIRA FRANCO |
Marina procurou o serviço assistencial de uma instituição religiosa. Inscrita, após a entrevista, começou a se beneficiar da cesta básica, do lanche todos os sábados para si e para os filhos.
O carinho dos trabalhadores da instituição a comovia. Jamais, em toda sua vida, fora tão bem tratada. Chamavam-na pelo nome, sempre, desde o primeiro dia. Tomaram conhecimento das suas necessidades mais prementes e passaram a auxiliá-la.
Os filhos estavam na escola, mas recebiam reforço escolar daquelas pessoas dedicadas.
Frequentando as palestras, principiou a se interessar pelas lições do Evangelho. Lições que ela ouvira em criança, de forma rápida, mas que não dera muita importância.
Contudo, ali, naquele grupo, os ensinos eram trazidos de uma forma tão doce e prática que ela começou a incorporá-los à sua vida.
Passou-se um tempo. Certo dia, a vizinha Laura a procurou no exato momento em que ela e os filhos se preparavam para se dirigir à instituição religiosa.
-Gostaria de ir junto com você, nesse lugar que você vai, todo sábado, falou ela.
Marina se mostrou surpresa.
-Por quê?, perguntou.Acho que você não está precisando de serviço assistencial. Seu marido e seus dois filhos trabalham, sua casa está bem arrumadinha. É uma das melhores da vila. Por que quer ir lá?
-Eu não quero ganhar nada, explicou Laura. É que estou muito curiosa. Depois que você começou a frequentar esse lugar, mudou muito. Para melhor, é claro. Antes, você era uma vizinha que nem cumprimentava, quando passava. Hoje, passa, sorri e cumprimenta.
Antes, eu costumava ouvir muitos gritos vindos da sua casa. Você brigava com os seus filhos. E sei também, só de olhar de longe, que você nem cuidava direito da casa. A roupa era mal lavada. Você me desculpe lhe dizer todas essas coisas, mas eu reparava.
Agora, você cuida direitinho de sua casa, não grita mais com os meninos. Está mais calma, serena. Se o que você ouve naquele lugar conseguiu modificar você, eu também quero ir lá, para aprender e me modificar também. Você me leva?
Naquele dia, a instituição recebeu mais uma senhora ansiosa por aprender as lições do Evangelho de Jesus.
* * *
Aproveitemos cada oportunidade para agir de forma elevada.
Existem pessoas que esperam momentos extraordinários e ocasiões especiais para mostrarem a sua bondade e elevação. É possível que eles nunca cheguem.
Lembremos que não será o que façamos que nos tornará grandes e importantes, porém, como façamos cada coisa que nos transformará em criaturas valiosas.
Tornemo-nos, pois, grandes nas pequeninas coisas, cientes de que somos sempre exemplo vivo onde nos situemos e nosso exemplo, bom ou mau, arrastará muitos para o mesmo caminho.
Redação do Momento Espírita, com base em fato ocorrido no Clube de
mães do Centro Espírita Ildefonso Correia, em Curitiba (PR) e com
pensamentos finais do cap. XIV do livro Vida feliz, pelo Espírito
Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 19.04.2012.
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