Andrey Cechelero |
Essa brisa singela que te sopro,
É meu desejo de te ver navegante.
Minhas mãos... Não podem tocar teu leme.
Meus braços... Não podem içar tuas velas.
Para ti, sou apenas vaga inspiração, que se mistura aqui e ali aos teus próprios pensares.
Sou ideia sem nome.
Sou sentido distante.
Sou vento.
* * *
Diz um provérbio popular que há um Deus para as crianças, para os loucos e para os bêbados.
Há mais veracidade nesse ditado do que se imagina.
Esse suposto Deus, outro não é senão nosso Espírito protetor, que vela pelo ser incapaz de se proteger, utilizando-se da sua própria razão.
Da mesma forma que a criança descida do berço ensaia seus primeiros passos, sob os olhares enternecidos de seus carinhosos pais, assim também, sob o amparo invisível de nosso Pai espiritual, somos muito bem assistidos nos combates da vida terrestre.
Todos temos um desses gênios tutelares que nos inspira nas horas difíceis e nos orienta para o bom caminho.
É o nosso anjo da guarda.
Não há concepção mais grata e consoladora. Saber que temos um amigo fiel e sempre disposto a nos socorrer, de perto como de longe, influenciando-nos a grandes distâncias ou conservando-se junto de nós nas provações; saber que ele nos aconselha por intuição e nos aquece com o seu amor, eis uma fonte inapreciável de força moral.
O pensamento de que testemunhas benévolas e invisíveis veem todos os nossos atos, alegrando-se ou se entristecendo, deve nos estimular a mais sabedoria e ponderação.
É por essa proteção oculta que se fortificam os laços de solidariedade que ligam o mundo celeste à Terra, o Espírito livre ao homem, Espírito prisioneiro da carne.
É por essa assistência contínua que se criam, de um a outro lado, as simpatias profundas, as amizades duradouras e desinteressadas.
O amor que anima o Espírito elevado vai pouco a pouco se estendendo a todos os seres, revertendo tudo para Deus, Pai das almas, foco de todas as potências efetivas.
Léon Denis |
O Espírito protetor é ligado ao indivíduo desde o nascimento e, muitas vezes, o segue após a morte, na vida espiritual. Até mesmo em muitas existências corporais.
Vejamos o quanto é maravilhoso saber disso. Quanto cuidado do Criador para com cada um de nós, independente de quem somos, raça, credo e até mesmo, se somos homens de bem ou não.
Nunca poderemos dizer que não fomos ajudados, que não se importavam conosco ou que estivemos abandonados em algum momento.
Portanto, contemos com eles, nossos anjos de guarda, nossos protetores invisíveis.
Criemos uma linha de comunicação mais frequente, tentemos elevar nosso pensamento para que ele vibre nas frequências sutis dos pensamentos deles.
Então, poderemos ouvir seus alertas, buscando nos guiar, suas sugestões e respostas aos nossos apelos.
Benditos sejam nossos Espíritos protetores, carinhosos amigos que do anonimato nos amam intensamente.
Redação do Momento Espírita, com base no poema A voz do vento, de
Andrey Cechelero; na questão 492, de O livro dos Espíritos; no cap. 3, item 14,
do livro A Gênese, ambos de Allan Kardec e no cap. 35, do livro Depois da Morte,
de Léon Denis, todos ed. FEB.
Em 13.5.2019.
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