sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

HOJE EU POSSO ESCOLHER


Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia-noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje. Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição. Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício. Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo. Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido. Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter um trabalho. Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus pela oportunidade da experiência. Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades. Se as coisas não saíram como planejei, posso gastar os minutos a me lamentar ou ficar feliz por ter o dia de hoje para recomeçar. O dia está na minha frente esperando para ser vivido da maneira que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma às ideias e utilidade às horas. Tudo depende só de mim. Nesta mensagem atribuída ao saudoso Charlie Chaplin, astro de Hollywood, que encantou o mundo no tempo do cinema mudo, encontramos motivos de reflexões. Sem dúvida, a vida é feita de escolhas... O tempo todo estamos fazendo escolhas, elegendo o que fazer e o que não fazer, o que pensar e o que não pensar, em que acreditar e em que não acreditar. A vida está sempre a nos apresentar opções. E as escolhas dependem exclusivamente de nós mesmos. Não há constrangimento algum. Somos senhores absolutos da nossa vontade, no que diz respeito às questões morais. Se é verdade que às vezes somos arrastados pelas circunstâncias, é porque optamos anteriormente por entrar nesse contexto. Assim, antes de decidir por qualquer das opções que a vida nos oferece, é importante pensar nas consequências que virão em seguida. Importante lembrar que não estamos no mundo em regime de exceção. Todos estamos na Terra para aprender. E as lições, muitas vezes, são mais simples do que pensamos. Não imaginemos que as coisas e circunstâncias desagradáveis só acontecem para nos atingir. Elas fazem parte do contexto em que nos movimentamos junto a milhares de pessoas que vivem na Terra conosco. * * * Olhe, em seu jardim, as flores que se abrem e nunca as pétalas caídas. Contemple, em sua noite, o fulgor das estrelas e nunca o chão escuro. Observe, em seu caminho, a distância já percorrida e nunca a que ainda falta vencer. Retenha, em sua memória, risos e canções e nunca os seus gemidos. Conserve, em seu rosto, as linhas do sorriso e nunca os sinais da mágoa. Guarde, em seus lábios, as mensagens bondosas e esqueça as maldições. Conte e mostre as medalhas de suas vitórias e encare as derrotas como uma experiência que não deu certo. Lembre-se dos momentos alegres de sua vida e não das tristezas. A flor que desabrocha é bem mais importante do que mil pétalas caídas. E um só olhar de amor pode levar consigo calor para aquecer muitos invernos. Seja otimista e não se esqueça de que é nas noites sem luar que brilham mais forte nossas estrelas. Redação do Momento Espírita 
"A maior caridade que podemos fazer pela Doutrina Espírita é a sua divulgação." Chico Xavier - Emmanuel
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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

CELESTE ANIVERSÁRIO


E eis que o dia chega outra vez. E outra vez nos fala de amor, de esperança. É o aniversário do Ser mais importante que a Terra já agasalhou. Rei das estrelas, Governador de nosso planeta, Rei solar. Cristo de Deus, o ungido. Os homens Lhe adivinham a existência, desde tempos recuados. Mais de uma vez, pela Sua grandeza, foi confundido com o próprio Deus. No entanto, esse Ser especial, nosso Mestre e Senhor, veio habitar entre nós. Quando tantos reclamamos do planeta em que nos encontramos, das condições adversas em que se vive, o Rei solar tomou de um corpo e aqui nasceu. Nasceu indefeso, entregando-Se aos cuidados de uma jovem mulher. Foi seu primeiro filho. Quando alguns apontam a inexperiência das mães de primeira viagem, Ele não temeu Se entregar aos cuidados de alguém que não concebera anteriormente. Nem mesmo temeu por ela ser jovem. Entregou-Se, tanto quanto confiou em um homem a quem, durante os anos da infância e adolescência, honrou e chamou amorosamente pai, a ele Se submetendo. E permitiu-Se ilustrar na lei hebraica, na História de um povo sofrido, embora soubesse muito mais e além da ciência e da justiça dos homens. Senhor e Mestre, escolheu uma noite silenciosa, quase fria, para estar entre os Seus irmãos, Suas ovelhas, Seu rebanho. Pediu ao Grande Pai que, para atestar a Sua chegada, enchesse de estrelas os céus. Tudo porque Ele, a luz do mundo, chegava ao planeta, para estar com os Seus mais demoradamente. Solicitou ainda ao Pai Celeste que enviasse um mensageiro às gentes simples, ao encontro das quais Ele vinha, para lhes dizer que Ele nascera. E que os aguardava, pobre e pequenino, numa manjedoura, resguardado pelo amor dos pais, envolto em panos. E uma estrela de brilho inigualável pairou no céu, chamando a atenção de ilustres estudiosos, que aguardavam o sinal especial para seguir ao encontro do Rei. Recebeu a visita dos pastores e dos magos do Oriente, a uns e outros ofertando o Seu sorriso, assegurando-lhes que Ele viera. A esperança estava no meio dos homens. Serviu na carpintaria, nas estradas da Galileia e da Judeia. Realizou proezas inimagináveis, devolvendo a vista a cegos, a audição a surdos, movimentos a membros paralisados, saúde a corpos enfermos. No lago de Genesaré, em plena natureza, dedilhou as mais belas canções que o amor pode conceber. Vinde a mim, vós todos que estais fatigados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo que é suave e o meu fardo, que é leve. Quem toma da água que ofereço, jamais terá sede. Vinde a mim... Sua voz era de ensino, de alegria e de esperança. Quando tantos se rebelavam contra a escravidão a que eram submetidos, Ele ensinou que a liberdade está acima e além de questões materiais. Ensinou-nos a sermos livres, na consciência, no dever cumprido, na retidão, sem nada que nos detenha na retaguarda das dores. Mestre e Senhor. Mestre da sensibilidade, do amor e da sabedoria. Senhor da Terra. Nosso Pastor. Ele veio. Que neste Natal O lembremos outra vez e unamos as nossas vozes às dos Mensageiros Celestiais: Hosana ao Senhor da vida! Ave, Cristo! Os que desejamos estar contigo, Te recordamos a glória augusta e Te pedimos luz, paz e bênçãos. Sê conosco, Celeste menino, hoje e sempre. Redação do Momento Espírita. 
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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

A POBREZA FELIZ


CHICO XAVIER
Quem se empobrece de ambições inferiores, adquire a luz que nasce da sede da perfeição espiritual. Quem se empobrece de orgulho, encontra a fonte oculta da humildade vitoriosa. Quem se empobrece de exigências da vida física, recebe os tesouros inapreciáveis da alma. Quem se empobrece de aflições inúteis, em torno das posses efêmeras da Terra, surpreende a riqueza da paz em si mesmo. Quem se empobrece da vaidade, amealha as bençãos do serviço. Quem se empobrece de ignorância, ilumina-se com a chama da sabedoria. Não vale amontoar ilusões que nos enganam somente no transcurso de um dia. Não vale sermos ricos de mentira, no dia de hoje, para sermos indigentes da verdade, no dia de amanhã. Ser grande, à frente dos homens, é sempre fácil. A astúcia consegue semelhante fantasia sem qualquer obstáculo. Mas ser pequenino, diante das criaturas, para servirmos realmente aos interesses do Senhor, junto da Humanidade, é trabalho de raros. Bem aventurada será sempre a pobreza que sabe se enriquecer de luz para a imortalidade, porque o rico ocioso da Terra é o indigente da Vida Mais Alta e o pobre esclarecido do mundo é o espírito enobrecido das Esferas Superiores, que será aproveitado na extensão da Obra de Deus. Chico Xavier 
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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

A PRECE


Quando se fala em prece, a imediata imagem que, de um modo geral, vem à mente das pessoas é a de senhoras idosas ajoelhadas em recintos semi-obscuros, numa cantilena ininteligível. Será que somente os idosos devem orar? Serão somente os deserdados do mundo, os sofredores os que carecem de oração? Oração é um processo dinâmico de dialogar com Deus. É o elevar a mente para sintonizar com as forças Superiores, de lá extraindo novas energias, ideias. Sem fórmulas prontas, deve ser ditada pelo sentimento. É um abrir do coração ao Pai amoroso e bom. Alguns defendem a idéia de que se Deus tudo sabe não há necessidade de se ficar a pedir. Ele dará às Suas criaturas o de que elas necessitam. O que não se dão conta tais pessoas é de que o Pai realmente tudo sabe, tudo vê, mas a prece tem a virtude de abrir os canais mentais a fim de que se possa entender a resposta. É o tornar-se receptivo ao auxílio. Será que a resposta sempre vem? Recordamos o ensino de Jesus: Tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vos concederá. A resposta sempre vem. O que acontece é que, normalmente, não a percebemos. Mesmo porque ela nem sempre nos chega do jeito que se espera. A resposta Divina, por vezes, é um não. De outras, vem através dos amigos, de uma mensagem, das intuições, e outra vez não nos apercebemos. E o que pedir? Eis outra dúvida. Defendem muitos que somente se deve solicitar coisas para o Espírito, jamais coisas materiais. Convenhamos que se vivemos no mundo, necessitamos de algumas coisas materiais. Qual o problema de se rogar pela saúde de alguém? Qual a dificuldade de se pedir auxílio na busca de um emprego digno, que nos garanta o sustento da carne? Qual o inconveniente de se rogar a Misericórdia Divina para a fome que castiga o estômago ou para o frio que tortura o corpo? Contudo, oração não é somente um petitório infindável. Antes de tudo é louvor. Ao ensinar a orar, Jesus primeiramente louvou o Criador de todas as coisas. Santificado seja Vosso nome. E para ensinar a resignação aos planos celestes, estabeleceu: Seja feita a Vossa vontade. Só depois é que Ele direcionou a rogativa. A oração é alimento diário. Na alegria e na dor. Na saúde e na doença. Ante os sucessos ou enfrentando os fracassos. Orar com sinceridade, sabedor que não será pela extensão da oração que ela será melhor ouvida, mas sim pelo seu conteúdo. A melhor prece é a do homem de bem. Orar a Deus, a Jesus, evitando dirigir pedidos a parentes e amigos desencarnados que poderão não ter condições de atender, o que só lhes aumentará a carga de preocupações. Orar por nós, pelos enfermos, pelos desencarnados, pelos suicidas, em especial, pelos que não nos amam. Orar pelos ­amigos, pois que a prece sustenta. É do Cristo o ensinamento: Orai uns pelos outros. 
* * * 
A oração em favor dos que sofrem constitui sempre uma valiosa contribuição para aquele a quem é dirigida. Não resolve o problema, nem retira a aflição, mas suaviza a aspereza da prova. Quando a oração é dirigida aos enfermos, ela estimula os centros atingidos pela doença, restaurando o equilíbrio das células. A oração é sempre um bálsamo para a alma, e se torna medicação para o corpo físico. A oração acalma, equilibra, dulcifica aquele que ora, propiciando-lhe resultados salutares. Redação do Momento Espírita, com base no cap. 20 do livro Momento de meditação, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal. Disponível no CD Momento Espírita, v. 1, ed. Fep. Em 11.01.2010. 
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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

QUANTO VALE UM MILAGRE


Uma garotinha esperta, de apenas seis anos de idade, ouviu seus pais conversando sobre seu irmãozinho mais novo. Tudo que ela sabia era que o menino estava muito doente e que estavam completamente sem dinheiro. Iriam se mudar para um apartamento num subúrbio, no próximo mês, porque seu pai não tinha recursos para pagar as contas do médico e o aluguel do apartamento. Somente uma intervenção cirúrgica muito cara poderia salvar o garoto, e não havia ninguém que pudesse emprestar-lhes dinheiro. A menina ouviu seu pai dizer a sua mãe chorosa, com um sussurro desesperado: Somente um milagre poderá salvá-lo. Ela foi ao seu quarto e puxou o vidro de gelatina de seu esconderijo, no armário. Despejou todo o dinheiro que tinha no chão e contou-o cuidadosamente, três vezes. O total tinha que estar exato. Não havia margem de erro. Colocou as moedas de volta no vidro com cuidado e fechou a tampa. Saiu devagarzinho pela porta dos fundos e andou cinco quarteirões até chegar à farmácia. Esperou pacientemente que o farmacêutico a visse e lhe desse atenção, mas ele estava muito ocupado no momento. Ela, então, esfregou os pés no chão para fazer barulho, e nada! Limpou a garganta com o som mais alto que pôde, mas nem assim foi notada. Por fim, pegou uma moeda e bateu no vidro da porta. Finalmente foi atendida! O que você quer? Perguntou o farmacêutico com voz aborrecida. Estou conversando com meu irmão que chegou de Chicago e que não vejo há séculos, disse ele sem esperar resposta. Bem, eu quero lhe falar sobre meu irmão. Respondeu a menina no mesmo tom aborrecido. Ele está realmente doente... E eu quero comprar um milagre. Como? Balbuciou o farmacêutico admirado. Ele se chama Andrew e está com alguma coisa muito ruim crescendo dentro de sua cabeça e papai disse que só um milagre poderá salvá-lo. E é por isso que eu estou aqui. Então, quanto custa um milagre? Não vendemos milagres aqui, garotinha. Desculpe, mas não posso ajudá-la. Respondeu o farmacêutico, com um tom mais suave. Escute, eu tenho o dinheiro para pagar. Se não for suficiente, conseguirei o resto. Por favor, diga-me quanto custa. Insistiu a pequena. O irmão do farmacêutico era um homem gentil. Deu um passo à frente e perguntou à garota: Que tipo de milagre seu irmão precisa? Não sei. Respondeu ela, levantando os olhos para ele. Só sei que ele está muito mal e mamãe diz que precisa ser operado. Como papai não pode pagar, quero usar meu dinheiro. Quanto você tem? Perguntou o homem de Chicago. Um dólar e onze centavos. Respondeu a menina num sussurro. É tudo que tenho, mas posso conseguir mais se for preciso. Puxa, que coincidência, sorriu o homem. Um dólar e onze centavos! Exatamente o preço de um milagre para irmãozinhos. O homem pegou o dinheiro com uma mão e, dando a outra mão à menina, disse: Leve-me até sua casa. Quero ver seu irmão e conhecer seus pais. Quero ver se tenho o tipo de milagre que você precisa. Aquele senhor gentil era um cirurgião, especializado em neurocirurgia. A operação foi feita com sucesso e sem custo algum. Alguns meses depois, Andrew estava em casa novamente, recuperado. A mãe e pai comentavam alegremente sobre a sequência de acontecimentos ocorridos. A cirurgia, murmurou a mãe, foi um milagre real. Gostaria de saber quanto deve ter custado. A menina sorriu. Ela sabia exatamente quanto custa um milagre... Um dólar e onze centavos... Mais a fé de uma garotinha... * * * Não há situação, por pior que seja, que resista ao milagre do amor. Quando o amor entra em ação, tudo vence e tudo acalma. Onde o amor se apresenta, foge a dor, se afasta o sofrimento e o egoísmo bate em retirada. Redação do Momento Espírita, com base em texto de autoria desconhecida.
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domingo, 26 de janeiro de 2014

MÁGOA SEM RAZÃO


Era uma vez um rapaz que ia muito mal na escola. Suas notas e seu comportamento eram uma decepção para seus pais que, como a maioria, sonhavam em vê-lo formado e bem sucedido. Um belo dia, o pai lhe propôs um acordo: Se você, meu filho, mudar seu comportamento, se dedicar aos estudos e conseguir entrar para a Faculdade de Medicina, lhe darei um carro de presente. Por causa do carro, o rapaz mudou totalmente de atitude. Passou a estudar como nunca e a se comportar muito bem. O pai estava feliz, mas tinha uma preocupação: sabia que a mudança do rapaz não era fruto de uma conversão sincera, mas apenas pelo interesse em obter o automóvel, e isso era ruim! Assim, o grande dia chegou. Fora aprovado para o Curso de Medicina. Como havia prometido, o pai convidou a família e os amigos para uma festa de comemoração. O rapaz tinha por certo que na festa o pai lhe daria o automóvel. Mas, quando pediu a palavra, o pai elogiou o resultado obtido pelo filho e lhe passou as mãos uma caixa de presente. Crendo que ali estavam as chaves do carro, o rapaz abriu emocionado o pacote. Mas, para sua surpresa era uma Bíblia. Visivelmente decepcionado, nada disse. E, a partir daquele dia, o silêncio e a distância separaram pai e filho. O jovem se sentia traído e agora lutava para ser independente. Deixou a casa dos pais e foi morar no Campus da Universidade. Raramente mandava notícias para a família. O tempo passou, ele se formou, conseguiu um emprego em um bom hospital e se esqueceu completamente do pai. Todas as tentativas do pai para reatar os laços afetivos foram em vão. Os anos rolaram até que um dia o velho, muito triste com a situação, adoeceu, não resistiu e morreu. No enterro, a mãe entregou ao filho indiferente, a Bíblia que tinha sido o último presente do pai e que havia sido deixada para trás. De volta a sua casa o rapaz, que nunca perdoara o pai, ao colocar o livro numa estante notou que entre as suas páginas havia um envelope. Abriu-o e encontrou uma carta. Dentro dela, um cheque. A carta dizia: Meu querido filho, sei o quanto você deseja ter um carro. Eu prometi e aqui está o cheque para que você escolha aquele carro que mais lhe agradar. No entanto, fiz questão de lhe dar um presente ainda melhor: a Bíblia, pois nela aprenderá o amor de Deus pelas Suas criaturas e a fazer o bem, não pelo prazer da recompensa, mas pela gratidão e pelo dever de consciência. Corroído de remorso, o filho caiu em profundo pranto... 
* * *
O perdão incondicional é uma das mais sublimes virtudes que os seres podem almejar. Quem perdoa sempre, não corre o risco de se arrepender mais tarde por ter alimentado tanto tempo uma mágoa sem razão. Por isso é que devemos ter sempre em mente a recomendação do Mestre Jesus: Perdoar setenta vezes sete, isto é, perdoar sempre. Pense nisso! 
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sábado, 25 de janeiro de 2014

TELAS DE SEERVIÇO


O lavrador chega ao campo e, em muitos casos, observa no plano da tarefa a cumprir: a secura do solo, a lama do charco, a brutalidade do espinheiro, a praga na plantação, a enfermidade nos animais. Contudo, se acordado para a execução dos compromissos que lhe competem, atira-se à atividade pacífica com o propósito de trabalhar e servir. Também na lavoura do Cristo, muitas vezes o seareiro do bem encontra no quadro da própria ação: a aspereza de muitas almas, o vício triunfante, os golpes da ingratidão, a hostilidade ambiente, a sombra da ignorância, a necessidade das criaturas. Entretanto, se ele está consciente das obrigações que lhe cabem, não perde tempo com desânimo e queixa, desespero ou censura, porque abraça o trabalho, em silêncio, e passa automaticamente a servir. 
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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

É SEMPRE POSSÍVEL ENCONTRAR O CAMINHO

MARIA DOLORES

Escuta, alma querida, quando a prova te alcança e o sofrimento te golpeia a vida, impondo-te cansaço e insegurança; Quando a aflição te cerca e te subjuga, Portas a dentro de teu próprio ser, Sem apelos à fuga em que te possas esconder, indagas, quase sempre, de ânimo frustrado revelando revolta amarga e triste: - Se Deus é amor eterno e ilimitado, por que razão a dor existe? Por que ao sonho se seguem, com freqüência, o fel, o desengano, a desventura que nos induzem a existência ao vasto espinheiral em que a nossa esperança se enclausura? E guardando-te, a sós, sob angústia mortal, certas vezes, de anseio em desalinho, quererias fugir de teu próprio caminho... Entretanto, alma boa, se algo te feriu, não te agastes, perdoa... E, sobretudo, raciocina Que a dor lembra o esmeril da Lei Divina Que, em nos tocando, nos aperfeiçoa. Tudo o que te garante o próprio alento passou por disciplina e sofrimento sem que a ovelha aceitasse os golpes da tosquia, não teria a lã que te guarda o calor; Sem que a minério padecesse um dia o fogo abrasador, não dispunhas da casa, em fina arquitetura, sobre vigas leais de sólida estrutura; sem árvores tombando, a rude corte, nas fruías na própria residência o ambiente ideal em que se te conforte a energia precisa às lutas da existência; A dentes de serrote, a natureza Formou, em teu auxílio, o refúgio da mesa, e o trigo que passou pela trituração, em qualquer tempo, é a base de teu pão. Não acuses a dor que te procura a fim de preparar-te a grandeza futura, Sem ela que nos frena e regenera, estaríamos nós, provavelmente, na condição da fera sob a selvageria permanente. Por fim, alma querida, considera:
CHICO XAVIER
De heróis que já tivemos, almas gigantes na sabedoria, corações a brilhar, nos ápices supremos da beleza imortal que se irradia dos tesouros do amor; de todos os apóstolos da história que apontaram a vida superior de que o mundo conserva algum indício, aquele que nos deu, constantemente, o sentido da dor por fonte renascente de ascensão e nobreza, vida e luz, com bases sobre o próprio sacrifício, esse herói foi Jesus. (Maria Dolores – Francisco Cândido Xavier) 
Senhor Jesus não te pedimos nada do não nos seja essencial, nós te rogamos o benefício do trabalho para que não nos falte o pão de cada dia. Te rogamos saúde para executar esse trabalho e sensibilidade diante do sofrimento alheio, e te imploramos também a oportunidade de renovados momentos como este, a fim de termos as melhores inspirações que aos poucos nos habilitarão a tarefas mais elevadas em favor dos nossos semelhantes. Obrigado Senhor
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quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

A HUMILDADE ESPÍRITA

ALAN KARDEC
Alguém disse um dia que a hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude. Mas não é exatamente de hipocrisia que quero falar. Quero falar da busca de equilíbrio no comportamento humano, que tanto nos exige se estivermos realmente dispostos a mudar. Muitos não querem mudar. Acho que a maioria. O que querem é que a situação mude, que as pessoas mudem, que tudo mude, menos elas mesmas. Se existe um padrão ideal de comportamento devemos conquistá-lo. Não se trata de deixarmos de lado nossas características, não se trata de nos estereotiparmos, de nos tornarmos todos iguais. Pelo contrário. Justamente para podermos nos mostrar exatamente como somos é que precisamos alcançar um ponto de equilíbrio que nos permita nos manifestar tal como somos sem ferir o próximo. Porque o que mais vemos são dois extremos: Aquele que se mostra por inteiro, sem considerar direitos, sentimentos e conceitos alheios; e aquele que se esconde atrás de uma máscara de indiferença, como se nada lhe importasse, mas que por dentro fica se remoendo. Comecei falando sobre hipocrisia. É que a palavra hipocrisia se refere a máscara, a essa máscara que alguns nunca tiram da cara, e que todos nós experimentamos uma vezinha ou outra. A palavra hipocrisia vem do grego e designava, originalmente, o ator de teatro. Quando Jesus chamava os fariseus de hipócritas era o mesmo que hoje chamarmos alguém de "artista", querendo dizer com isso que a pessoa finge, que ela representa como um artista. Mas a designação pejorativa da palavra só se consolidou na Idade Média. Hoje hipócrita é um palavrão dos mais feios. E nós somos hipócritas mais vezes do que pensamos. Quando você cede no seu ponto de vista, sabendo que ele é verdadeiro, você acha que está sendo humilde? Eu, particularmente, evito discussão. Quando discutimos esquecemos a busca da verdade e só queremos que prevaleça o nosso ponto de vista. Mas uma coisa é evitar discussão, outra coisa é fazer de conta que aceita o ponto de vista alheio e ficar se remoendo por dentro. Isso acontece muito em querelas religiosas. Alguns espíritas, por força do preconceito, têm medo de assumir sua postura. E aceitam os argumentos fajutos de pessoas descrentes do Espiritismo. Fazem cara de banana e fingem que concordam. Cedem externamente e se revoltam intimamente. Isso não é humildade, longe disso. Isso é hipocrisia grossa. Para com os outros a para consigo mesmo. Não estou condenando quem faz isso. Eu já fiz coisas do gênero. Na tentativa de sermos humildes fazemos coisas muito ridículas. Ceder contra a vontade não é humildade, é hipocrisia. Ceder para evitar discussão, ser condescendente, dependendo das circunstâncias é atitude madura e meritória. Ceder por medo de assumir sua postura é covardia. Ser humilde não é ser covarde, ser manso não é ser medroso. Um cavalo para ser encilhado precisa ser domado. Depois da doma ele fica manso, e sua força e intrepidez podemos ser controladas e direcionadas. Mas o cavalo não deixa de ser forte e intrépido por ser manso. Não se torna medroso por ser manso. Acho que o conceito de humildade foi muito deturpado. É verdade que a palavra deriva do latim humus, terra. Por causa disso, talvez, se pense que ser humilde é rebaixar-se, é andar se arrastando. Mas as palavras homem e humanidade também derivam de humus. Isso se deve ao fato de os antigos considerarem que o homem veio do barro, da terra, do humus. Ser humilde, então, é ser como se é, é ser conforme a sua natureza, ser apenas mais um homem, indivíduo da humanidade. Ser humilde não é rebaixar-se, ser humilde é ser exatamente como se é, nem acima, nem abaixo. Ser humilde não é andar se arrastando, falando mole e aceitando desaforos e engolindo absurdidades. Devemos defender as verdades que nos são caras. Para isso é possível que tenhamos que ser firmes, enérgicos. Claro que não vamos perder tempo e energia discutindo ou dando conversa pra quem nem sabe direito o que pensa. Mas algumas vezes nos vimos na contingência de ter que defender nossas verdades, as posturas que adotamos. E isso exige energia e coragem. Isso são virtudes, não defeitos. Defeito é covardia, moleza, rebaixamento de si mesmo. Essas fraquezas não condizem com a grandeza de Deus. 
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quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

VONTADE DE DEUS


Vontade de Deus A presença de Deus nos proporciona paz, aumentando as resistências humanas para os embates cotidianos. Sutil e poderosa ao mesmo tempo, é um dínamo gerador de energias que recarrega as baterias da alma, da mente e do corpo, mantendo-os em condições estáveis de equilíbrio e ação. Como a enfermidade resulta de desequilíbrios nos campos moleculares responsáveis pela harmonia funcional das células, a saúde se estabelece quando a corrente divina passa com regularidade pelo sistema de ação aglutinadora dessas partículas de vital importância. Com ele o temor desaparece, oferecendo lugar à coragem, que expressa bem-estar e segurança íntima. A evocação de Deus expulsa as preocupações e a insegurança, surgindo a serenidade e a confiança. A presença de Deus anula as recordações deprimentes e perniciosas, que se clarificam com as esperanças de felicidade. Em Deus encontras a luz para discernires com acerto, pensando corretamente, falando com sabedoria e agindo com precisão. Ante Deus tudo é possível. A saúde de alguém, o êxito, as tuas necessidades, são convenientemente atendidos, porque Deus é o poder. Assim, quando hajas feito o máximo ao teu alcance e os resultados não sejam conforme esperavas, não te exasperes e aguarda um pouco mais. Este não era o momento e, se houvesses logrado o êxito, isto não te seria conveniente. Permite, pois, que se faça a vontade de Deus, e não desanimes jamais. Joana de Ângelis 
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terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas ?


Um dia um sábio perguntou aos seus discípulos o seguinte: 
-Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas ? 
Os homens pensaram por alguns momentos ... 
- Porque perdemos a calma, disse um deles, por isso gritamos. 
- Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao teu lado ?
Perguntou o sábio. 
-Não é possível falar-lhe em voz baixa? Por que gritas a uma pessoa quando estas aborrecido? 
Os homens deram algumas respostas, mas nenhuma delas satisfazia ao sábio. Finalmente ele explicou: 
- Quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito. Para cobrir esta distância precisam gritar para poder escutar-se. Quanto mais aborrecidas estejam, mais forte terão que gritar para escutar-se um ao outro através desta grande distância. 
Em seguida o sábio perguntou: 
- O que sucede quando duas pessoas se apaixonam? Elas não gritam, mas sim, se falam suavemente, por que? Porque seus corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena. 
O sábio continuou: 
- Quando se apaixonam acontece mais alguma coisa? Não falam, somente sussurram e ficam mais perto ainda de seu amor. Finalmente não necessitam sequer sussurrar, somente se olham e isto é tudo. Assim é quando duas pessoas que se amam estão próximas. 
Então o sábio disse: 
- "QUANDO DISCUTIREM, NÃO DEIXEM QUE SEUS CORAÇÕES SE AFASTEM. NÃO DIGAM PALAVRAS QUE OS DISTANCIEM MAIS. CHEGARÁ UM DIA EM QUE A DISTÂNCIA SERÁ TANTA QUE NÃO MAIS ENCONTRARÃO O CAMINHO DE VOLTA." 
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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

A PAZ QUE EU TRAGO EM MEU PEITO


A paz que trago hoje em meu peito é diferente da paz que eu sonhei um dia... Quando se é jovem ou imaturo, imagina-se que ter paz é poder fazer o que se quer, repousar, ficar em silêncio e jamais enfrentar uma contradição ou uma decepção. Todavia, o tempo vai nos mostrando que a paz é resultado do entendimento de algumas lições importantes que a vida nos oferece. A paz está no dinamismo da vida,no trabalho, na esperança, na confiança, na fé... Ter paz é ter a consciência tranqüila, é ter certeza de que se fez o melhor ou, pelo menos, tentou... Ter paz é assumir responsabilidades e cumpri-las, é ter serenidade nos momentos mais difíceis da vida. Ter paz é ter ouvidos que ouvem, olhos que vêem e boca que diz palavras que constroem. Ter paz é ter um coração que ama... Ter paz é brincar com as crianças, voar com os passarinhos, ouvir o riacho que desliza sobre as pedras e embala os ramos verdes que em suas água se espreguiçam... Ter paz é não querer que os outros se modifiquem para nos agradar, é respeitar as opiniões contrárias, é esquecer as ofensas. Ter paz é aprender com os próprios erros, é dizer não, quando é não que se quer dizer... Ter paz é ter coragem de chorar ou de sorrir quando se tem vontade... É ter forças para voltar atrás, pedir perdão, refazer o caminho, agradecer...ter paz é admitir a própria imperfeição e reconhecer os medos, as fraquezas, as carências... A paz que hoje trago em meu peito é a tranqüilidade de aceitar os outros como são, e a disposição para mudar as próprias imperfeições. É a humildade para reconhecer que não sei tudo e aprender até com os insetos... É a vontade de dividir o pouco que tenho e não me aprisionar ao que não possuo. É melhorar o que está ao meu alcance, aceitar o que não pode ser mudado e ter lucidez para distinguir uma coisa da outra. É admitir que nem sempre tenho razão e, mesmo que tenha, não brigar por ela. A paz que hoje trago em meu peito é a confiança naquele que criou e governa o mundo... A certeza da vida futura e a convicção de que receberei, das leis soberanas da vida, o que a elas tiver oferecido. Pense nisso! Às vezes, para manter a paz que hoje mora em teu peito, é preciso usar um poderoso aliado chamado silêncio. Lembra-te de usar o silêncio quando ouvir palavras infelizes. Quando alguém está irritado. Quando a maledicência te procura. Quando a ofensa te golpeia. Quando alguém se encoleriza. Quando a crítica te fere. Quando escutas uma calúnia. Quando a ignorância te acusa. Quando o orgulho te humilha. Quando a vaidade te provoca. O silêncio é a gentileza do perdão que se cala e espera o tempo, por isso é uma poderosa ferramenta para construir e manter a paz. 
"A maior caridade que podemos fazer pela Doutrina Espírita é a sua divulgação." Chico Xavier - Emmanuel
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domingo, 19 de janeiro de 2014

O PRIVILÉGIO DA ORAÇÃO


Deus nos fala pela Natureza e pela Revelação, através de Sua providência e pela influência de Seu Espírito. Isto, porém, não basta; precisamos também abrir a Ele nosso coração. Para ter vida e energia espirituais, necessitamos manter verdadeira comunhão com o Pai celestial. Nossos pensamentos podem dirigir-se para Ele; podemos meditar sobre Suas obras, Suas misericórdias, Suas bênçãos; mas isto não é, no sentido mais amplo, ter comunhão com Ele. Para isso é preciso que tenhamos alguma coisa que Lhedizer acerca de nossa vida. A oração é o abrir do coração a Deus como a um amigo. Não que seja necessário, para que Deus nos conheça, mas para nos habilitar a recebê-Lo. A oração não faz Deus baixar a nós, mas eleva-nos a Ele. Quando Jesus andou na Terra, ensinou a Seus discípulos como deviam orar. Instruiu-os a apresentar suas necessidades diárias a Deus, e lançar sobre Ele todos os seus cuidados. A certeza que lhes deu, de que suas orações seriam ouvidas, nos é dada também. Jesus mesmo, enquanto andava entre os homens, muitas vezes Se entregava à oração. O Salvador identificou-Se com nossas necessidades e fraquezas, tornando-Se um suplicante, junto de Seu Pai, para buscar dEle novos suprimentos de força, a fim de que pudesse sair revigorado para os deveres e provações. Ele é nosso exemplo em todas as coisas. É um irmão em nossas fraquezas, pois "como nós, em tudo foi tentado". Mas, sem pecado como era, Sua natureza recuava do mal. Suportou lutas e tristezas num mundo de pecado. Sua humanidade tornou a oração uma necessidade e um privilégio para Ele. Encontrava conforto e alegria na comunhão com o Pai. E se o Salvador dos homens, o Filho de Deus, sentia a necessidade de orar, quanto mais devemos nós, débeis e pecadores mortais que somos, sentir a necessidade de fervorosa e constante oração! O Pai celestial deseja derramar sobre nós a plenitude de Suas bênçãos. É nosso privilégio beber livremente da fonte de Seu amor ilimitado. É de admirar, pois, que oremos tão pouco! Deus está pronto para ouvir a oração sincera do mais humilde de Seus fiIhos, e contudo há tanta relutância de nossa parte, para levar a Deus nossas necessidades! Que pensarão os anjos do Céu, a respeito dos pobres e desamparados seres humanos, sujeitos à tentaçâo, quando o coração de Deus, cheio de infinito amor,inclina-se para eles, pronto para lhes dar mais do que sabem pedir ou pensar. Contudo oram tão pouco, tão pequena fé exercem! Os anjos têm prazer em prostrar-se perante Deus, têm prazer em estar na Sua presença. Consideram a comunhão com Deus sua maior alegria. Os filhos da Terra, porém, que tanto precisam do auxílio que só Deus pode dar, parecem satisfeitos em andar sem a luz de Seu Espírito, sem a companhia de Sua presença. As trevas do maligno envolvem os que negligenciam a oração. As sutis tentações do inimigo os levam ao pecado. E tudo isso acontece por não fazerem uso do privilégio da oração, que Deus lhes ofereceu. Por que deveriam os filhos e filhas de Deus ser tão relutantes em orar, quando a oração é a chave nas mãos da fé para abrir os depósitos do Céu, onde estão armazenados os ilimitados recursos da Onipotência? Sem oração e vigilância constante, estamos em perigo de nos tornar descuidados e nos desviar do caminho verdadeiro. O adversário procura continuamente obstruir o caminho para o trono da graça, para que não obtenhamos, pela súplica fervorosa e fé, graça e poder para resistir à tentação. Há certas condições sob as quais podemos esperar que Deus ouça nossas orações e a elas atenda. Uma das primeiras é sentir nossa necessidade de Seu auxílio. Ele prometeu: "Vou fazer com que caia chuva no deserto e que em terras secas corram rios." Os que têm fome e sede de justiça, que anelam a Deus, podemestar certos de que serão satisfeitos. O coração tem de estar aberto à influência do Espírito. Ao contrário, não pode obter a bênção de Deus. Nossa grande necessidade é por si mesma um argumento, e intercede em nosso favor de modo muito eloqüente. Temos, porém, de buscar ao Senhor a fim de que faça essas coisas por nós. Ele diz: "Peçam ereceberão." "Ele não deixou de entregar nem o Seu próprio Filho, mas O ofereceu por todos nós! Se Ele nos deu Seu Filho será que também não nos dará também de graça todas as coisas?" Se guardamos ainda iniqüidade em nosso coração, se nos apegamos a algum pecado consciente, o Senhor não nos ouvirá. Mas a oração da pessoa arrependida e sincera será sempre aceita. Depois de termos nos arrependido de todas as faltas que nos são conscientes, poderemos crer que Deus atenderá às nossas orações. Nossos próprios méritos jamais nos recomendarão ao favor de Deus; é o mérito de Cristo que nos salvará, Seu sangue é que nos purificará. Nós, porém, temos uma parte a fazer para cumprir as condições da aceitação. Outro elemento da oração perseverante é a fé. "Porque quem vai a Deus precisa crer que Ele existe, e que recompensa os que O procuram." Jesus disse a Seus discípulos: "Quando orarem e pedirem alguma coisa, creiam que já a receberam, e assim tudo será dado a vocês." Cremos em Sua palavra? A certeza que Ele nos dá é ampla, sem limites. Aquele que prometeu é fiel. Se não recebemos exatamente as coisas que pedimos e no tempo desejado, devemos, assim mesmo, crer que o Senhor nos ouve e que atenderá às nossas orações. Somos tão cheios de faltas e possuímos uma visão tão estreita, que às vezes pedimos coisas que não seriam uma bênção para nós. O Pai celestial amorosamente atende às orações dando-nos aquilo que é para nosso maior bem - aquilo que nós mesmos desejaríamos se, com a visão divinamente iluminada, pudéssemos ver todas as coisas como são na realidade. Quando nossas orações ficam aparentemente sem resposta, devemos nos apegar à promessa, pois virá, por certo, a ocasião de serem atendidas, e receberemos a bênção de que mais necessitamos. Pretender no entanto, que a oração seja sempre atendida exatamente do modo e no sentido particular que desejamos é presunção. Deus é muito sábio para errar, e bom demais para deixar de conceder qualquer benefício aos que são sinceros. Não tenha medo, pois, de confiar nEle, ainda que não veja resposta imediata às suas orações. Apóie-se na segura promessa: "Peçam e receberão." Se tomarmos conselho com as nossas dúvidas e temores, ou procurarmos resolver tudo que não podemos compreender claramente, antes de ter fé, as dificuldades apenas aumentarão e se complicarão. Mas se chegarmos a Deus convencidos de nosso desamparo e dependência, tais como somos, e com humilde e confiante fé levarmos nossas necessidades Àquele cujo conhecimento é infinito, e que tudo vê na criação, governando todas as coisas por Sua vontade e palavra, Ele pode atender e atenderá ao nosso clamor, e fará a luz brilhar em nosso coração. Pela oração sincera somos ligados com a mente do Infinito. Não podemos ver, no mesmo momento, evidências claras de que a face do nosso Redentor se inclina para nós em compaixão e amor, mas é realmente assim. Podemos não sentir Seu contato visível, mas Sua mão está sobre nós em amor e compassiva ternura. Quando pedimos misericórdia e bênçãos de Deus, devemos ter no coração um espírito de amor e perdão. Como poderemos orar: "Perdoa as nossas ofensas como também nós perdoamos os que nos ofenderam" e não obstante, alimentar um espírito de ódio? Se esperamos que nossas orações sejam atendidas, devemos perdoar aos outros do mesmo modo e na mesma medida em que esperamos ser perdoados. A perseverança na oração é também uma condição para que seja atendida. Devemos orar sempre, se quisermos crescer na fé e experiência. Devemos "perseverar em oração, agradecendo a Deus". Pedro recomenda aos crentes: "Vocês devem ser prudentes e estar alerta para poderem orar." A Paulo instrui: "Mas em todas as orações peçam a Deus o que vocês precisam e sempre orem com o coração agradecido." "Porém vocês, meus amigos", diz Judas, "orem no poder do Espírito Santo. E continuem no amor de Deus." A oração constante é a união ininterrupta da alma com Deus, de maneira que a vida de Deus flui para nossa vida, e de nossa vida voltam para Deus pureza e santidade. É necessário que a oração seja diligente. Coisa alguma deve fazer com que você deixe de orar. Faça tudo o que estiver ao seu alcance para conservar aberta a comunhão entre Jesus e você. Procure toda oportunidade para ir aonde se costuma fazer oração. Os que estão realmente buscando a comunhão com Deus, serão vistos nas reuniões de oração, fiéis ao seu dever, e atentos e ansiosos por receber todos os benefícios que possam obter. Aproveitarão todas as oportunidades de colocar-se onde possam receber raios de luz do Céu. Temos que orar em família, mas acima de tudo, não devemos negligenciar a oração secreta, pois ela é a vida da alma. É impossível a uma pessoa prosperar se não ora o suficiente. A oração familiar e a oração pública não bastam. Sozinho, abra seu coração aos olhos de Deus. A oração secreta só deve ser ouvida por Ele - o Deus que ouve as orações. Nenhum ouvido curioso deve partilhar essas petições em que a alma entrega a Deus suas dificuldades. Na oração secreta a pessoa está livre das influências do ambiente, livre de excitamento. Calmamente, mas com fervor, pode buscar a Deus. A influência que vem dAquele que conhece os segredos será suave e permanente. Seu ouvido está aberto para ouvir a prece que vem do coração. Pela fé calma e singela o ser humano mantém comunhão com Deus e absorve raios de luz divina que irão fortalecê-lo e sustentá-lo no conflito contra Satanás. Deus é nossa fortaleza. Ore no seu aposento particular. E enquanto você executa seus afazeres diários, ore muitas vezes. Era assim que Enoque andava com Deus. Essas orações silenciosas sobem para o trono da graça como se fossem precioso incenso. Satanás não pode vencer aquele que dessa maneira se firma em Deus. Não há tempo nem lugares impróprios para fazer uma prece a Deus. Nada nos pode impedir de elevar o coração no espírito de uma oração sincera. Entre as pessoas na rua, ou em meio a uma transação comercial, podemos elevar a Deus um pedido, solicitando a direção divina, como fez Neemias quando apresentou seu pedido perante o rei Artaxerxes. Onde quer que nos encontremos podemos manter comunhão íntima com Deus. A porta do coração deve estar constantemente aberta, sempre pedindo a Jesus que venha habitar em nós, como hóspede celestial. Ainda que nos encontremos num ambiente maculado e corrupto, não somos forçados a respirar os odorespoluídos deste mundo, mas temos condições de viver no puro ambiente do Céu. Podemos fechar todas asportas a imaginações impuras e pensamentos profanos, conduzindo nossa alma à presença de Deus pormeio de sincera oração. Aquele que se acha aberto para receber o auxílio e a bênção de Deus poderá vivernum ambiente mais santo que o da Terra, e ter constante comunhão com o Céu. Precisamos ter uma visão mais clara acerca de Jesus, bem como uma compreensão mais ampla do valordas realidades eternas. O coração dos filhos de Deus tem que se encher de beleza e santidade, e para queassim seja, devemos procurar a divina revelação das coisas celestiais.Que o nosso interior se abra e se eleve, a fim de que Deus possa nos proporcionar um vislumbre maior daatmosfera celeste. Podemos nos conservar tão ligados a Deus que, em cada provação inesperada, nossospensamentos sejam direcionados para Ele de modo tão natural como a flor se volta para o Sol. Conte sempre ao Senhor acerca de suas necessidades, alegrias, tristezas, cuidados e temores. Você nãoconseguirá sobrecarregá-Lo; não O poderá cansar. Aquele que conta os cabelos de nossa cabeça não éindiferente às necessidades de Seus filhos. "Porque o Senhor é cheio de bondade e de misericórdia." Seucoração amorável se comove com nossas tristezas, e quando falamos delas.Entregue-Lhe tudo quanto causa insegurança em você. Coisa alguma é muito grande para Ele, poissustenta os mundos e dirige o Universo. Nada do que, de algum modo, se relacione com a nossa paz é tãoinsignificante que Ele deixe de observar. Não há em nossa vida nenhum capítulo demasiado obscuro paraque Ele não o possa entender; dificuldade alguma por demais complicada para que a possa resolver.Nenhuma calamidade poderá sobrevir ao mais humilde de Seus filhos, ansiedade alguma que lhe perturbea paz de espírito, nenhuma alegria que possa ter, nenhuma oração sincera que lhe escape dos lábios, semque seja observada pelo Pai celeste, ou sem que Lhe atraia o imediato interesse. Ele "cura os que estão desanimados e trata de seus ferimentos". As relações entre Deus e cada pessoa sãotão particulares e íntimas, como se não existisse nenhuma outra por quem Ele houvesse dado Seu bem-amado Filho.Jesus disse: "Naquele dia vocês farão pedidos em Meu nome. E Eu digo que não precisarei pedir ao Paiem favor de vocês." "Fui Eu que os escolhi... assim o Pai Ihes dará tudo o que pedirem em Meu nome."Orar em nome de Jesus, porém, é mais do que simplesmente mencionar-Lhe o nome no começo e fim daoração. E orar segundo o sentimento e o espírito de Jesus, ao mesmo tempo que cremos nas Suaspromessas, descansamos em Sua graça, e fazemos Suas obras. Deus não espera que nos tornemos eremitas ou monges, que nos afastemos do mundo, com o objetivo denos consagrar a práticas de piedade. Nossa vida deve ser tal como foi a de Cristo - dividir-se entre omonte da oração, e o convívio das multidões. A pessoa que não faz outra coisa senão orar, ou em brevedeixará essa prática, ou suas orações acabarão se tornando formais e rotineiras.Quando os homens se retiram da vida social, param de cumprir seus deveres cristãos e levar sua cruz;quando deixam de trabalhar com zelo pelo Mestre, que com tanto amor por eles trabalhou, perdem oobjetivo essencial da oração, não sendo mais estimulados às devoções. Suas preces se tornam pessoais eegoístas. Não podem orar a respeito das necessidades humanas, ou da edificação do reino de Cristo,rogando forças para o trabalho.Ao nos privarmos da alegria de nos reunir uns com os outros para fortalecimento e ânimo no serviço doSenhor, nosso prejuízo será grande. As verdades de Sua Palavra perdem o vigor e a importância para onós. O coração deixa de ser iluminado e comovido por Sua santificadora influência. A espiritualidadedeclina.Perdemos muito, em nossas relações como cristãos, devido à falta de simpatia de uns para com os outros. Aquele que se fecha em si mesmo não está preenchendo o lugar que lhe foi designado pelo Senhor. Odevido cultivo dos traços sociais de nossa natureza nos leva a ter simpatia pelos outros, sendo um meio denos desenvolver e tornar mais fortes para o serviço de Deus.Se os cristãos cultivassem maior convivência entre si, falando do amor de Deus e das preciosas verdadesda redenção, seu próprio coração seria abrandado, ao mesmo tempo que levariam conforto uns aos outros.Devemos aprender diariamente de nosso Pai celeste buscando nova experiência de Sua graça. Assim,desejaremos falar acerca de Seu amor e nosso ânimo e fervor crescerão.Se pensássemos e falássemos mais em Jesus e menos em nós mesmos, teríamos muito mais de Suapresença. Se pensássemos em Deus ao menos tantas vezes quantas vemos Suas demonstrações de cuidadopor nós, poderíamos tê-Lo sempre presente em nossa mente, alegrando-nos em falar a Seu respeito e emlouvá-Lo.Falamos sobre as coisas temporais, porque nos interessamos por elas. Falamos em nossos amigos, porqueos amamos; com eles partilhamos as dores e alegrias. Temos, no entanto, razões infinitamente maiorespara amar mais a Deus do que aos nossos amigos terrestres. Deveria ser a coisa mais natural do mundodar-Lhe o primeiro lugar em nossos pensamentos, falar de Sua bondade e de Seu poder.Ao conceder-nos tão preciosos dons, não era vontade de Deus que eles ocupassem de tal forma nossamente e coração, que nada nos restasse para Lhe dar. Os dons nos devem, ao contrário, fazer lembrarsempre dEle, ligando-nos com laços de amor e gratidão ao celeste Benfeitor.Vivemos muito apegados à Terra. Ergamos o olhar para a porta aberta do santuário no Céu, onde a luz daglória de Deus resplandece na face de Cristo, o qual "pode, hoje e sempre, salvar os que vão a Deus pormeio dEle."Devemos louvar mais a Deus "pela Sua bondade e pelas Suas maravilhas para com os filhos dos homens".Nossas orações não deviam se resumir só em pedir e receber. Não pensemos sempre em nossasnecessidades, sem nunca nos importar com os benefícios recebidos. Não oramos muito, mas somos aindamais pobres em nossas ações de graças. Continuamente recebemos as misericórdias de Deus e, noentanto, quão pouco Lhe expressamos nosso reconhecimento e O louvamos pelo que tem feito por nós!O Senhor instruiu antigamente os israelitas, quando se reuniam para Seu culto: "Ali na presença doEterno, o nosso Deus, vocês e as suas famílias comerão da carne dos sacrifícios e ficarão alegres porqueDeus abençoou todo o trabalho de vocês." Aquilo que fazemos para glória de Deus, deve ser feito comalegria, hinos de louvor e ações de graças, não com tristeza e aspecto sombrio.Nosso Deus é Pai misericordioso e amorável. Servi-Lo não deve ser considerado um exercício cansativo etriste. Deve ser uma alegria adorar o Senhor e tomar parte em Sua obra. Deus não quer que Seus filhos,para quem ofereceu tão grande salvação, ajam como se Ele fosse um patrão duro e exigente. Ao contrárioé o melhor amigo deles. E espera que, quando O adorem, possa estar com eles, para os abençoar econfortar, enchendo-lhes o coração de alegria e amor. O Senhor deseja que Seus filhos encontrem conforto em Seu serviço, achando mais prazer do que fadigaem Seu trabalho. Deseja que aqueles que O buscam para Lhe prestar adoração, levem consigopensamentos preciosos acerca de Seu cuidado e amor, podendo ser, desse modo, animados em todas asocupações da vida diária, e receber graça para lidar sincera e fielmente em todas as coisas.Precisamos nos reunir em torno da cruz. O Cristo crucificado deve ser o tema de nossas meditações denossas conversas, e de nossas mais gratas emoções. Devemos conservar em mente todas as bênçãos querecebemos de Deus e, ao compreendermos o grande amor que Ele nos tem, iremos sentir-nos atraídos aconfiar tudo às mãos que foram por nós cravadas na cruz.A alma pode subir para mais perto do Céu nas asas do louvor. Deus é adorado com hinos e música nascortes celestes. Ao exprimir-Lhe nossa gratidão, estamos nos aproximando do culto que Lhe é prestadopelas hostes celestes. "Aquele que Me traz ofertas de gratidão, esse Me honra." Cheguemos, pois, com reverente alegria a nosso Criador, "com ações de graças e voz de melodia" 
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sábado, 18 de janeiro de 2014

AVE MARIA DAS MULHERES

Mãe, 
Aqui, agora e a sós 
Quero lhe pedir por todas nós 
Por aquelas que foram escolhidas 
Para dar a vida Mulheres de todas as espécies 
De todos os credos, raças e nacionalidades; 
Todas aquelas nas quais a vida 
Está envolvida em sorrisos, lágrimas, tristezas e felicidades 
Aquelas que sofrem por filhos que geraram e perderam 
As que trabalham o dia inteiro Em casa ou em qualquer emprego; 
Quero pedir pelas mães 
Que penam por seus filhos doentes 
Quero pedir pelas meninas carentes 
E pelas que ainda estão dentro de um ventre; 
Pelas adolescentes inexperientes 
Pelas velhinhas esquecidas em asilos 
Sem abrigo, sem família, carinho e amigos 
Peço também pelas mulheres enfermas 
Que em algum hospital aguardam pela sua hora fatal; 
Quero pedir pelas mulheres ricas 
Aquelas que apesar da fortuna 
Vivem aflitas e na amargura 
Peço por almas femininas mesquinhas, pequenas e sozinhas 
Por mulheres guerreiras a vida inteira 
Pelas que não têm como dar a seus filhos o pão e a educação; 
Peço pelas mulheres deficientes 
Pelas inconseqüentes 
Rogo pelas condenadas, aquelas que vivem enclausuradas 
Por todas que foram obrigadas a crescer antes do tempo 
Que foram jogadas na lavoura 
Ou em alguma cama devastadora; 
Rogo pelas que mendigando nas ruas 
Sobrevivem apesar dessa tortura 
Pelas revoltadas, as excluídas e as sexualmente reprimidas; 
Peço pela mulher dominadora e pela traidora 
Peço por aquela que sucumbiu sonhos dentro de si 
Por todas que eu já conheci 
Peço por mulheres solitárias e pelas ordinárias 
As mulheres de vida difícil e que fazem disso um ofício
E pelas que se tornaram voluntárias por serem solidárias; 
Rogo por aquelas que vivem acompanhadas 
Embora tristes e amarguradas 
E por todas que foram abandonadas 
As que tiveram que continuar sozinhas 
Sem um parceiro, um amigo, um ombro querido; 
Peço pelas amigas 
Pelas companheiras 
Pelas inimigas 
Pelas irmãs e pelas freiras 
Suplico por aquelas que perderam a fé 
Que se distanciaram da esperança 
Quero pedir por todas que clamam por vingança 
E com isso se perdem em sua inútil andança; 
Rogo pelas que correm atrás de justiça 
Que a boa vontade dos homens as assista 
Peço pelas que lutam por causas perdidas 
Pelas escritoras e as doutoras 
Pelas artistas e professoras 
Pelas governantes e pelas menos importantes 
Suplico pelas fêmeas que são obrigadas a esconder seus rostos 
E amputadas do prazer vivem no desgosto; 
Quero pedir também pelas ignorantes 
E por todas que no momento estão gestantes 
Por aquela mulher triste dentro do coração 
Que vive com a alma mergulhada na solidão 
Por aquela que busca um amor verdadeiro 
Para se entregar de corpo inteiro 
E peço pela que perdeu a emoção Aquela que não tem mais paz dentro do coração 
E rogo, imploro, por aquela que ama 
E que não correspondida, vive uma vida sofrida Aquela que perdeu o seu amor 
E por isso, sua alma se fechou 
Por todas que a droga destruiu 
Por tantas que o vício denegriu 
Suplico por aquela que foi traída 
Por várias que são humilhadas 
E pelas que foram contaminadas; 
Mãe, quero pedir por todas nós 
Que somos o sorriso e a voz 
Que temos o sentimento mais profundo 
Porque fomos escolhidas tanto quanto você 
Para gerar e, apesar de qualquer coisa, 
Amar... 
Independente de quem forem nossos filhos 
Feios ou bonitos 
Amáveis ou rebeldes 
Perfeitos ou deficientes 
Tristes ou contentes 
Mãe, ajuda-nos a continuar nessa batalha 
Nessa guerra diária 
Nessa luta sem fim 
Ajuda-nos a ser feliz como a gente sempre quis 
Dai-nos coragem para continuar 
Dai-nos saúde para ao menos tentar 
Resignação para tudo aceitar 
Dai-nos força para suportar nossas amarguras 
E apesar de tudo continuarmos a ser sinônimo de ternura; 
Perdoa-nos por nossos erros 
E por nossos insistentes apelos 
Perdoa-nos também por nossas revoltas 
Nossas lágrimas e nossas derrotas 
E não nos deixe nunca mãe, perdermos a fé 
E sempre que puder 
Peça por nós ao Pai 
E lembre-lhe que quando ele criou EVA 
Não deixou com ela nenhum mapa de orientação
Nenhum manual com indicação 
Nenhuma seta indicando o caminho correto 
Nenhuma instrução de como viver 
De como, a despeito de tudo vencer 
E mesmo assim.....conseguimos aprender. Amém! 
DEDICADO A VOCÊ MULHER, PORQUE SER MULHER... É SEMPRE SER VENCEDORA!!!! (Silvana Duboc) 
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sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

ODE À ALEGRIA


Era o dia 7 de maio de 1824. Os privilegiados espectadores sentados na plateia do Teatro em Viena, então capital do Império Austro-Húngaro, mal sabiam que estavam para presenciar a primeira audição mundial da maior obra-prima da História da música. Ainda que o autor já fosse uma celebridade, recebido naquele mesmo dia com uma ovação digna das plateias de música pop de hoje, a reação foi surpreendente. O comissário de polícia precisou intervir, para silenciar a explosão de aplausos na chegada do alemão: Ludwig Van Beethoven. Era o dia da primeira apresentação de sua Nona Sinfonia. Após as palmas, um grande estranhamento. Até então, a sinfonia - forma musical para orquestra consagrada durante o classicismo - excluía por definição as vozes humanas. No entanto, no palco sentavam-se quatro solistas e um coral em quatro partes. Para aumentar a perplexidade, enquanto todos os outros instrumentos desenrolavam movimentos que superavam a racionalidade clássica, permaneciam em silêncio o coral e os solistas. Eles entrariam apenas no quarto e último movimento. Beethoven, três anos antes de sua morte, ali realizava uma vontade que alimentava desde os 22 anos de idade: musicar o poema alemão Ode à alegria, de Schiller. E era o que fazia no derradeiro movimento da obra, quebrando a última barreira do modelo sinfônico. Oh, amigos, não chega desses sons? Entoemos algo mais prazeroso e alegre! - Vibrou o barítono em recitativo. Os baixos do coro responderam-lhe forte: Alegria, alegria! - para que, com a orquestra silenciada, começassem a solar um dos temas mais conhecidos da música ocidental. O tema proclamava: Todos os homens serão irmãos. Era o poema da fraternidade universal, musicado pela genialidade e sensibilidade irretocáveis de Ludwig. Abracem-se milhões! Enviem este beijo para todo mundo! * * * A arte é o belo expressando o bom. É a expressão da beleza eterna, uma manifestação da poderosa harmonia que rege o Universo. Convidar a arte para nossa vida diária é ter à disposição excelente instrumento de civilização e aperfeiçoamento. A influência da música sobre a alma, sobre o seu progresso moral, é reconhecida por todo o mundo. Mas a razão dessa influência é geralmente ignorada. Sua razão está inteiramente neste fato: a harmonia coloca a alma sob a força de um sentimento que a desmaterializa. Redação do Momento Espírita "A maior caridade que podemos fazer pela Doutrina Espírita é a sua divulgação." Chico Xavier - Emmanuel

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quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

CONHECER DEUS


Algum dia você já ficou imaginando como seria Deus? Qual seria a imagem de Deus? De um modo geral, nos vem à mente a figura de um ancião, barbas longas, brancas, muitas vezes sentado em um majestoso trono, a cuidar das coisas daqui de baixo... A herança cultural que carregamos nos traz essa imagem que, ao ser analisada mais detidamente, vemos ser distante do que possa ser real. Vejamos: Em que parte do espaço estaria Deus olhando para baixo? Qualquer que seja essa resposta, nos perguntaríamos: E os outros planetas, os outros corpos celestes, que estarão acima, ao lado, atrás... Como Ele cuidará de todos esses, se já não estarão sob Seu olhar? Ainda, por que a figura de Deus como um ancião? Será que Ele já foi jovem um dia? O tempo Lhe alterou o semblante, como acontece conosco? E como pode o tempo alterar a figura de Deus, se Deus é a causa primeira, a origem de todas as coisas? Podemos nos perguntar ainda, por que a figura masculina a representar Deus? Não poderia ser uma figura feminina, como acreditavam algumas culturas antigas? Na dificuldade de transcender nosso pensamento, damos a Deus a figura humana, emprestamos ao Criador do céu e da Terra a pobre imagem humana, como se isso fosse suficiente e mesmo necessário para ver e entender Deus. Ao considerarmos Deus como a Inteligência Suprema e a causa primária de todas as coisas, já não teremos a necessidade de representar a figura de Deus. Como O sabemos a causa e origem de tudo é fácil entender que não há como representá-lO na limitação de nosso pensamento e sentimento. Percebemos que, se ainda não conseguimos entendê-lO ou não há como representá-lO, já O podemos sentir. E sentimos Deus ao contemplar um pôr-do-sol a desdobrar o céu em inúmeros matizes, colorindo o horizonte, a cada dia, de maneira diferente. Sentimos o Criador e toda a pujança do Seu amor a nos tocar, na grandiosidade da natureza que se faz bela, harmoniosa e generosa, dando-nos o suporte para a vida física no planeta. Sabemos da presença de Deus quando nos emocionamos com o milagre da vida, que se repete infinitas vezes no ventre materno, permitindo que uma simples célula dê origem a um organismo complexo e ordenado, após nove meses de elaboração. Se não conseguimos representar, entender ou ver Deus, já é possível tê-lO em nossa intimidade. Sem a necessidade de materializar ou personificar Sua figura, mas apenas senti-lO, nos mínimos detalhes da vida. Seja no microcosmo, na intimidade da organização celular, ou no macrocosmo, nas galáxias e estrelas infindas, aí estará a presença de Deus e de Seu amor, a cuidar de cada um de nós, Seus filhos. Redação do Momento Espírita.
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